Você já conhece as diferenças entre miopia, hipermetropia e astigmatismo? Conhecidas como erros ou doenças refrativas, são problemas oculares bastante frequentes, atingindo uma parcela significativa da população, mas ainda são facilmente confundidas entre si.
Para se ter uma ideia, apenas em relação à miopia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2020, cerca de 35% das pessoas sofrerão com essa condição. Já para 2050, a previsão é que ela atinja mais da metade da população mundial (52%).
Apesar de a maioria dos casos não levarem a complicações mais graves, a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo têm impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes, requerendo tratamentos adequados e específicos para corrigi-las.
Embora sejam muito comuns, ainda há muita confusão em relação às causas e aos sintomas de cada uma delas. E isso é ruim. Conhecê-las e saber identificar os principais sinais é um fator de extrema importância para levantar suspeitas e, assim, colaborar com o diagnóstico precoce e aumentar as chances de deter a evolução do problema e tratá-lo de maneira ainda mais efetiva.
Pensando nisso, elencamos as principais diferenças entre miopia, hipermetropia e astigmatismo, suas causas e seus sintomas. Acompanhe!
Mas afinal, quais as diferenças entre miopia, hipermetropia e astigmatismo?
Em primeiro lugar, vamos entender o que causa os chamados erros refrativos. Em uma pessoa com visão normal, os raios de luz entram em nossos olhos através da córnea e são convergidos pelo cristalino em um único ponto na retina, onde gera-se a imagem do que estamos observando.
Problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo se caracterizam, sobretudo, em alterações nas estruturas oculares que fazem com que justamente esse processo de captação, focalização e convergência das imagens não aconteça da forma ideal, trazendo prejuízos à visão do paciente.
Isso posto, vamos entender um pouco melhor sobre cada um deles.
Miopia
Pacientes míopes apresentam dificuldade em enxergar pessoas, objetos e paisagens que estejam distantes. Geralmente, quanto mais longe estiver, maior será a dificuldade em focalizar a imagem.
A miopia é causada por uma alteração no formato do globo ocular, que apresenta-se mais alongado do que o normal. Assim, os raios de luz convergem e formam a imagem antes da retina, o que faz com que objetos distantes pareçam embaçados ou fora de foco.
Embora fatores hereditários possam colaborar para o desenvolvimento da miopia, sabe-se que as novas tecnologias e o uso prolongado de smartphones, computadores e tablets podem levar ao surgimento ou agravamento do problema.
Os primeiros sintomas da miopia surgem ainda na infância e o grau tende a aumentar com o passar do tempo, geralmente estabilizando-se por volta dos 30 anos de idade. Entre eles destacam-se vista embaçada e dificuldade de enxergar objetos a distância, como pessoas e paisagens, além de dificultar a leitura de placas ou assistir a filmes, por exemplo.
Vale destacar que crianças míopes podem ter seu rendimento escolar prejudicado, uma vez que pode comprometer a capacidade do aluno em enxergar o quadro negro.
A miopia pode ser diagnosticada por meio de testes de acuidade visual, em que se mede a visão do paciente em diferentes distâncias, e da tonometria, que faz a medição da pressão interna do globo ocular.
O tratamento consiste basicamente no uso de óculos ou lentes de contato que corrijam o grau de refração do paciente. Também existe a opção da correção cirúrgica.
Hipermetropia
Afinal, o que é hipermetropia? A hipermetropia é, a grosso modo, o oposto da miopia. Ou seja, pacientes hipermetropes têm dificuldade de enxergar pessoas e objetos próximos, afetando principalmente a leitura de textos.
Trata-se de um problema causado por um encurtamento no formato do globo ocular, o que faz com que os raios de luz convirjam de maneira que a imagem acaba sendo formada atrás da retina.
Assim como a miopia, a hipermetropia também pode se desenvolver por fatores hereditários.
Em pessoas mais jovens, a hipermetropia prejudica unicamente a visão de perto e, geralmente, não apresenta qualquer prejuízo à focalização de imagens distantes. Isso acontece pois, quando o grau não é muito elevado, o cristalino acomoda-se de modo a compensar possíveis distorções.
No entanto, com o envelhecimento natural do nosso organismo, essa capacidade de acomodação diminui e o paciente passa a ter dificuldades para enxergar também à distância – fenômeno conhecido como presbiopia ou “vista cansada”.
Vale apontar ainda que esse é um problema comum em crianças mais novas, uma vez que o corpo ainda está em desenvolvimento. A boa notícia é que ela tende a diminuir com o passar dos anos.
Nesse sentido, os principais sintomas da hipermetropia são vista embaça para perto, dores de cabeça, olhos cansados, ardor, vermelhidão e lacrimejamento, além da sensação de peso ao redor dos olhos.
O diagnóstico também é feito por meio de tonometria e testes de acuidade visual e o tratamento também passa pelo uso de óculos ou lentes de contato, bem como de cirurgia corretiva.
Astigmatismo
Diferentemente da miopia e da hipermetropia, o astigmatismo é causado por imperfeições na superfície da córnea, e não por alterações no formato do globo ocular – por esse motivo, aliás, não é incomum que pacientes astigmáticos apresentem outros problemas refrativos.
Essas irregularidades na córnea fazem com que os raios de luz não consigam convergir corretamente, criando mais de um ponto focal, podendo ser formados antes ou depois da retina. Como consequência, o paciente astigmático tem dificuldade em focalizar imagens tanto próximas quanto distantes.
Os principais sintomas são vista embaçada ou múltipla, dores de cabeça, ardor e vermelhidão nos olhos, além de confusão entre símbolos semelhantes, como as letra M e N, por exemplo.
O diagnóstico do astigmatismo é feito pelos mesmo procedimentos que já comentamos. O tratamento, por sua vez, também é feito com óculos ou lentes de contato – dessa vez, rígidas -, além da possibilidade de intervenção cirúrgica.
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Como pudemos ver, os sinais dos três problemas podem ser bastante parecidos. Por isso, é fundamental ficar atento a quaisquer alterações visuais e consultar-se periodicamente com um médico oftalmologista.
Apesar de não serem problemas graves, a miopia, a hipermetropia o astigmatismo prejudicam a qualidade de vida do paciente, e o diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de corrigir o problema da forma mais adequada.
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