Entenda o que é Terçol Interno e como tratar essa complicação

imagem de um olho iluminado com todo o resto escuro, simulando um exame para detecção de hordéolo interno

A variação interna desta alteração ocular surge quando as glândulas sebáceas, responsáveis pela lubrificação dos nossos olhos, são infectadas.

O que é terçol interno?

Bastante comum na infância e na adolescência, o hordéolo caracteriza-se por ser uma inflamação nos olhos, que pode ocorrer de maneira interna ou externa. Essa alteração também é chamada de terçol, terçol no olho ou popularmente de viúva/viuvinha. Sua versão menos comum é chamada de Hordéolo Interno.

A causa do hordéolo interno é a infecção das glândulas sebáceas Zeis e Moll, responsáveis por prevenir o ressecamento do olho. Elas estão localizadas mais próximas à borda externa das pálpebras. Em geral, trata-se de uma infecção da bactéria estafilococos.

Apesar de aparecer com mais frequência durante as fases da juventude, nas quais as mudanças hormonais são mais acentuadas, a condição pode surgir em qualquer período da vida de uma pessoa.

Já o hordéolo externo é um pequeno abscesso (acúmulo de pus) na borda da pálpebra, que tem como causa a inflamação de forma infecciosa dos cílios. Costuma aparecer com mais frequência do que o hordéolo interno.

Pessoas que sofrem de blefarite crônica — inflamação na pálpebra que pode causar um tipo de “caspa” na base das pestanas — têm mais chances de desenvolverem hordéolo. Uma conjuntivite não tratada corretamente também pode desencadeá-lo.

Entretanto, o terçol pode ocorrer ainda de forma espontânea, sem uma causa aparente. Confira abaixo o que é hordéolo, seus principais indícios, como é realizado o seu tratamento em diferentes casos e o que fazer para evitar essa condição:

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Sintomas do Hordéolo Interno

Entre os sintomas mais comuns estão dores, coceira, inchaço e vermelhidão na região afetada, além de lacrimejamento constante, desconforto ao piscar e sensibilidade maior do que o normal quando em locais iluminados.

Os primeiros sinais, porém, são a vermelhidão e o aparecimento de uma espécie de nódulo bastante sensível. Com a piora do quadro, começa a acumular pus no local. A dor no hordéolo interno geralmente é mais forte do que no externo.

Como é feito o diagnóstico

mulher realizando exame de vista, simulando o diagnóstico de patologias

Tanto o diagnóstico dos dois tipos de hordéolo quanto o diagnóstico do calázio interno (inflamação não infecciosa) são clínicos, porém, durante os primeiros dias, essas duas condições podem ser difíceis de distinguir.

O terçol pode passar da forma aguda, quando há dor e inflamação, para a subaguda, quando não há mais dor, e persiste somente uma inflamação de menos intensidade, além de um pequeno inchaço. 

A fase aguda pode durar de um a 7 dias, enquanto a subaguda pode perdurar até 30 dias.

Os hordéolos internos, porém, são mais raros e normalmente não são diagnosticados com facilidade, a não ser em casos graves, em que o paciente também sinta febre e sintomas como calafrios. 

Durante a inspeção da conjuntiva tarsal, é possível notar uma pequena elevação ou uma região amarela no local da glândula afetada.

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Formas de tratamento da patologia

Na maioria das vezes, o terçol desaparece sem tratamento específico, com a higienização correta dos olhos e das pálpebras. O corpo drena, de forma espontânea, o líquido da região em uma a três semanas, mas em cenários mais graves pode durar até um mês.

Compressas de água morna, quatro vezes ao dia, são indicadas para auxiliar no tratamento, caso necessário. A compressa promove a vasodilatação e a liquefação das secreções, auxiliando no processo de drenagem.

Lembre-se de que você nunca deve tentar mexer ou espremer o local. Durante a recuperação, não utilize ainda lentes de contato ou maquiagem nos olhos, e também evite coçá-los.

Médicos oftalmologistas, dependendo do cenário, podem indicar uma pomada com antibiótico para ser aplicada na zona afetada, colírios específicos para esse tratamento ou até antibióticos orais, mais comuns no tratamento do hordéolo interno.

Raramente, em casos mais complexos, pode ser realizada uma biópsia excisional, que é uma pequena cirurgia para a retirada do nódulo e posterior análise das células que fazem parte da lesão.

Cirurgia ou biópsia nos olhos

Caso você tenha notado o aparecimento do hordéolo em você ou em alguém da sua família e se preocupa com a transmissão para outra pessoa, fique tranquilo: caso os cuidados básicos sejam tomados, essa condição não é considerada contagiosa.

Melhores maneiras de prevenção

A melhor maneira de prevenir esse tipo de inflamação nos olhos, seja ela infecciosa ou não, é realizar a higiene correta das mãos e das pálpebras, mantendo a região sempre limpa e livre de secreções.

Lave o rosto com frequência para equilibrar a oleosidade da pele, e evite compartilhar objetos que possam entrar em contato com os olhos, como fronhas, toalhas ou utensílios de maquiagem.

Falando em maquiagem, outra recomendação é retirá-la da pele antes de dormir. Mesmo não se tratando de uma condição muito contaminante, é importante prevenir o aparecimento dessa e de quaisquer outras alterações nos olhos.

Entretanto, caso quaisquer alterações nos olhos apareçam, é imprescindível procurar um médico para o diagnóstico e tratamento adequados. A COI Oftalmologia conta com um grupo de especialistas pronto para avaliar e tratar as mais diversas condições oftalmológicas.

A clínica possui centro cirúrgico próprio de alta tecnologia, com equipamentos de última geração e serviços a custos acessíveis ao paciente. Agende a sua consulta pelo site da COI Oftalmologia ou ainda pelo aplicativo WhatsApp.

Dr. Ricardo Filippo

Dr. Ricardo Filippo

CRM: 5281096-7 | RQE: 17512. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Veja informações sobre sua experiência na área.

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