Assim como a utilização de qualquer remédio, o uso de colírio na gravidez precisa ser rigorosamente acompanhado pelo seu médico. A aplicação de medicamentos, seja em qual for o tempo de gestação, pode implicar em sérias consequências.
Na gravidez, algumas mulheres sentem os olhos mais irritados e, por conta própria, decidem pingar qualquer colírio, já que consideram o produto simples e longe de oferecer riscos à saúde. O uso do colírio durante a gravidez pode prejudicar a imunidade do feto e também provocar problemas cardiovasculares, principalmente no caso do colírio ser anti-inflamatório, antibiótico e vasoconstritor.
Confira ao longo deste texto os riscos que o uso do medicamento sem a prescrição médica pode provocar.
Os perigos do uso de colírio na gravidez
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 3% dos defeitos congênitos provêm de remédios ou drogas durante a gestação. Durante a gravidez a elevação dos hormônios modifica o metabolismo hepático dos fármacos, ou seja, os tornam ainda mais concentrados no organismo.
Hábito que muitas vezes é considerado inofensivo, o descomplicado ato de pingar colírios pode comprometer a imunidade do feto. Sem prévia consulta, a automedicação diminui o fluxo sanguíneo, gera doenças vasculares na gestante e o aumento da pressão arterial.
Tipos de colírios e seus males em gestantes
Prejudicial para a mãe e influenciador da má-formação do feto, o uso indiscriminado de colírios, mesmo os lubrificantes, pode reduzir a troca de oxigênio entre mãe e filho. Abaixo listamos alguns colírios e seus respectivos problemas durante a gravidez.
Anti-inflamatórios e antibióticos
A gravidez pode gerar olhos irritados e vermelhos, e para amenizar o problema as mulheres se automedicam. Colírios de ação anti-inflamatória e os que atuam como antibióticos são os mais propensos a causarem defeitos congênitos.
Colírio vasoconstritor
Também usado para conter a irritação, medicamentos desse tipo costumam contrair os vasos sanguíneos da placenta, reduzindo a nutrição do feto. Para a mãe, com os hormônios aflorados, pode haver a predisposição em desenvolver catarata precoce, elevação da pressão arterial e, por consequência, alterações cardíacas.
Em mulheres que já fazem tratamento de glaucoma, o mais indicado é passar por uma reavaliação médica para o pedido de um novo colírio, já que os colírios antiglaucomatosos podem provocar contração da musculatura uterina e a interrupção da gravidez.
Cuidando dos olhos irritados
O aumento da produção de estrogênio durante a gestação é o responsável pela vermelhidão dos olhos. É esse hormônio o responsável pela síndrome do olho seco, doença que provoca coceira, ardência, queimação, sensibilidade a luz e visão borrada.
Para amenizar a secura indica-se uma alimentação rica em ômega-3, nutriente que pode ser encontrado nas frutas oleaginosas, peixes (sardinha e salmão), semente de linhaça ou castanhas-do-pará.
Passe por uma consulta, faça exames detalhados e descubra o que realmente tem causado essa irritação. Às vezes você poderá culpar os hormônios, mas o problema pode ser algum produto que tem usado.
Lembre-se: o uso de colírio na gravidez também precisa ser restrito ou monitorado de perto por um profissional da saúde. Para o seu bem, jamais se automedique. Por mais simples que seja o produto pergunte ao médico qual a sugestão para o seu caso.
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