Entenda como funciona a cirurgia de pterígio e quais são os cuidados pós-operatório

Oftalmologista examinando pterígio

Descubra o que é a cirurgia de pterígio, como ela é feita e quais os cuidados pós operatórios essenciais.

Um dos problemas de visão que podem gerar vários transtornos para o seu dia a dia é o pterígio. Apesar de pouco grave a princípio, ele pode evoluir ao longo dos anos e prejudicar a visão, mas a medicina já tem recursos para resolver essa dificuldade: a cirurgia de pterígio é um processo promissor, seguro e rápido.

Cuidar da saúde dos olhos é fundamental, não é mesmo? Essa atitude é necessária para manter a qualidade de vida e garantir um cotidiano com mais agilidade e disposição.

Quer saber mais sobre a cirurgia de pterígio e manter a saúde ocular em dia? Confira o nosso post e fique expert no assunto!

O que é pterígio?

O pterígio (popularmente conhecido como “carne no olho”) é uma membrana formada de vasos sanguíneos e tecido fibroso que cresce nos olhos, partindo da região do canto próxima ao nariz e indo em direção à córnea. Sua causa são fatores genéticos, exposição excessiva ao sol, contato com muito vento, poeira e poluição, e ressecamento dos olhos.

O contato com esses agentes provoca uma reação inflamatória na esclera, que é a parte branca dos olhos, e na conjuntiva, que é a membrana que fica acima da esclera e na parte interna das pálpebras.

A inflamação leva à formação de um tecido duro e elevado por processo de cicatrização, além de concentrar vasos sanguíneos na região. O tecido se desenvolve gradativamente, crescendo em direção à córnea e à pupila. Pode ocorrer em apenas um dos olhos ou nos dois ao mesmo tempo.

Os sintomas do pterígio são vermelhidão, coceira, ardência, lacrimejamento e sensação de que há algum corpo estranho nos olhos, como se houvesse areia neles. Há, também, o sinal visível de crescimento de uma membrana sobre a parte branca dos olhos.

O que o pterígio pode causar?

O pterígio não é uma doença tão grave, a princípio. O problema é que ele pode apresentar complicações, levando a um comprometimento visual que resulta na dificuldade de focalizar objetos de perto e de longe, ou seja, leva ao astigmatismo.

Isso acontece porque o pterígio cresce sobre a conjuntiva, migrando para o centro dos olhos. Há uma região nos globos oculares chamada limbo, onde termina a conjuntiva e começa a córnea (que é uma lente pouco vascularizada, por onde os raios solares atravessam para chegar à pupila e alcançar o fundo do olho, local de formação das imagens).

Se o pterígio evolui muito, ele alcança a córnea, gerando uma curvatura anormal nessa parte anatômica e provocando os sintomas do astigmatismo. Quando o problema não é tratado, pode avançar no globo ocular, dificultando a passagem dos raios de luz pela pupila e formando uma barreira na visão.

Como prevenir e tratar o pterígio?

Para prevenir a ocorrência da doença, o ideal é utilizar óculos de sol para proteger os olhos de raios UVA e UVB. É importante lembrar que esses óculos não podem ser falsificados, pois produtos desse tipo podem até gerar mais prejuízo para a visão.

As pessoas que mais devem se proteger são aquelas que passam longos períodos expostas à luz solar ou ao vento, como trabalhadores de praias, vendedores ambulantes, carteiros e motoboys. Para quem anda de moto, é importante sempre deixar a viseira do capacete fechada, pois isso suaviza o impacto do vento sobre os olhos. Utilizar chapéu e boné diante de exposição solar também é uma boa alternativa.

O pterígio pode ser tratado com colírios lubrificantes, de preferência sem conservantes. Com o avanço da doença, pode ser necessário fazer uma intervenção cirúrgica, chamada de exérese do pterígio. Somente o oftalmologista pode fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.

Como funciona a cirurgia de pterígio?

A cirurgia de pterígio é um procedimento pouco complexo, tendo duração média de 30 a 40 minutos. Há diversas formas de fazer a operação, sendo que, no geral, é aplicada apenas uma anestesia local.

O médico remove o tecido carnoso que se formou nos olhos e pode adicionar ou não alguma membrana na região. Em alguns procedimentos, é feito um transplante de conjuntiva ou adicionada uma cola orgânica especial para fixar o tecido do olho.

Outra alternativa é transplantar a membrana amniótica para a região ocular após a remoção da membrana carnosa. Esse procedimento é bastante seguro porque esse tecido vindo da placenta tem propriedades anti-inflamatórias e antibióticas, o que evita a rejeição do enxerto. Pode ser feito juntamente um tratamento com radiação para auxiliar na recuperação.

Existe uma chance de recidiva da cirurgia. A técnica que oferece menos risco de acontecer isso é a que faz transplante de conjuntiva e utiliza a cola de fibrina. Não há idade mínima para a efetivação do procedimento cirúrgico.

Antes de optar por essa estratégia terapêutica, é necessário conversar com o médico e realizar os exames oftalmológicos de topografia de córnea, paquimetria, mapeamento de retina, além de hemograma e coagulograma.

Quais são os cuidados pós-operatórios?

Após a realização da cirurgia, o paciente fica em observação no consultório pelo período de uma hora. No mesmo dia, pode voltar para casa, mas é importante que haja repouso. As atividades podem ser retomadas no dia seguinte.

É fundamental que o paciente não coce os olhos e utilize os colírios prescritos no pós-operatório. Além disso, ele não deve ir para piscinas, mar, lago ou praia.

O pterígio é uma doença que se caracteriza pela formação de uma membrana carnosa no olho. Essa inflamação está associada a fatores genéticos e à exposição de agentes físicos. É importante buscar atendimento oftalmológico logo no início, pois a progressão do problema é lenta. Quando o quadro já está mais avançado, é necessário fazer a remoção cirúrgica do tecido.

A cirurgia de pterígio é um processo rápido, seguro e que corrige os agravantes da inflamação que geram astigmatismo e prejudicam a visão. Diante de sinais como sensação de areia nos olhos, irritação ocular ou aparecimento de fibra avermelhada, procure ajuda médica.

Nesse processo, é fundamental procurar profissionais que sejam bons especialistas na área. Confiança, competência e credibilidade são aspectos fundamentais a serem avaliados nos médicos que cuidam da nossa saúde.

Pensando nisso, a COI, Clínica de Oftalmologia Integrada, tem uma equipe de especialistas em cirurgia de pterígio no Rio de Janeiro, contando com os equipamentos mais avançados para identificação e realização do procedimento. Quer saber mais sobre essa cirurgia? Então entre em contato e faça um orçamento!

Dr. Guilherme Quinellato

Dr. Guilherme Quinellato

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Para mais informações sobre sua experiência na área, clique aqui.

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