O que é toxoplasmose ocular?

Saiba mais sobre a transmissão, diagnóstico e tratamento da toxoplasmose ocular

Você já ouviu falar sobre a toxoplasmose ocular? Se sua resposta foi “não”, é bom ficar sabendo desde agora que esse é um dos quadros provocados pela infecção do parasita Toxoplasma gondii no corpo humano, podendo afetar também o sistema nervoso central e os pulmões. Mas não precisa se desesperar: na maioria dos casos, o Toxoplasma causa no máximo uma gripe. Então, não precisa desesperar!

Quando então ocorre a toxoplasmose ocular, quais são seus sintomas e como é feito o diagnóstico? Por acaso há tratamento? Se você também tem essas dúvidas e quer aprender mais sobre a toxoplasmose ocular, confira o nosso post de hoje para conferir as respostas para cada uma dessas perguntas!

Quais os sintomas da toxoplasmose ocular?

A verdade é que a maioria das pessoas nem percebe que se infectou com o Toxoplasma gondii, já que ele tem sintomas comuns a um resfriado, como febre, mal-estar e dor de garganta. No entanto, pessoas com o sistema imune mais fraco, como bebês, idosos e portadores de HIV, apresentam um quadro mais grave da doença, com o parasita se espalhando por todo o corpo e chegando a atingir os olhos.

Quando a toxoplasmose atinge a região ocular, os principais sintomas são: visão borrada, pontos pretos esvoaçando em frente aos olhos, dor nos olhos, desconforto em ambientes iluminados (também conhecido como fotofobia), e vermelhidão.

Como se contrai esse parasita?

Outra forma de contaminação se dá por meio da placenta. Assim, uma mulher grávida que se infecta com o parasita pode transmiti-lo ao bebê, gerando a chamada toxoplasmose congênita, uma doença grave que pode deixar a criança cega ou com sequelas neuronais e, em casos mais graves, até provocar abortos. Vale lembrar que essa transmissão só é válida quando a gestante se contamina com a toxoplasmose pela primeira vez na vida durante a gravidez.

O que ela causa nos olhos?

Como citamos, o principal dano que a toxoplasmose gera é a diminuição da visão, que pode acontecer em diferentes níveis. As lesões podem ocorrer nos dois olhos e cada olho ainda pode sofrer uma ou várias lesões. Por isso, quanto mais rápido iniciar o tratamento, melhor!

Quando a infecção atinge apenas a uveíte anterior, na parte da frente do olho, ela tem um perfil mais leve e não costuma deixar muitas sequelas quando tratada com seriedade. Entretanto, existem formas mais graves da infecção, como quando ela atinge a retina e a coroide.

A retina, por exemplo, é responsável por captar as imagens e levar para o cérebro e a toxoplasmose pode causar uma lesão que gera uma cicatriz, local onde a retina não funciona mais — e que a visão normalmente é prejudicada. Mas a lesão também pode acontecer em partes menos relevantes do olho e, como falamos, não comprometer a visão.

Como é o diagnóstico da toxoplasmose ocular?

Um simples exame de fundo de olho já consegue detectar as lesões na retina, com a infecção sendo posteriormente confirmada por exames de sangue para a procura de anticorpos contra o parasita. O segredo está em procurar logo um bom oftalmologista!

E como é feito o tratamento?

O tratamento é feito com antibióticos combinados com agentes anti-inflamatórios do tipo corticoides. É importante verificar também se há infecção em outros órgãos, sendo necessário, muitas vezes, a consulta com especialistas em neurologia, infectologia e ginecologia — no caso de mulheres em período fértil.

O tratamento mais comum envolve a combinação de 3 medicamentos: sulfametoxazol, pirimetamina e ácido folínico.

Depois do tratamento há cura?

Infelizmente, o tratamento não é capaz de regenerar completamente a retina que já foi lesada, apenas impedindo, portanto, a progressão da doença. Além disso, uma vez infectada, a pessoa carrega os cistos do parasita pelo resto da vida. Assim, em momentos de baixa imunidade, eles podem ser reativados, começando a novamente provocar sintomas.

Que cuidados tomar com a cicatriz?

A cicatriz é a recuperação do espaço que teve a infecção dentro do olho. A má notícia é que ela também pode simbolizar a perda da visão naquele local, ou seja, quanto maior a cicatriz, maior será o espaço em que a visão ficou comprometida. Infelizmente, ainda não existem meios de recuperar a visão, mas ainda é muito importante cuidar da cicatriz para que ela não aumente ou sofra ainda mais dano.

O objetivo da medicação é exatamente esse: evitar que a cicatriz progrida, cuidado do processo. Para isso, é importante que o tratamento seja mantido por pelo menos 3 semanas para que a recuperação seja completa.

Como se prevenir contra essa infecção?

Como as infecções mais graves ocorrem com o bebê ainda em útero e em pacientes imunocomprometidos, grávidas e pacientes com o sistema imune fraco que ainda não tiveram a toxoplasmose devem seguir algumas medidas rigorosas de prevenção:

  • Não ingerir carne malpassada;
  • Não ingerir leite não pasteurizado;
  • Não ingerir ovos crus;
  • Lavar bem os vegetais e frutas consumidos crus;
  • Evitar atividades de jardinagem ou usar luvas e lavar bem as mãos após mexer com a terra;
  • Evitar contato com fezes de gatos.

Essa é uma maneira de prevenir a primeira infecção e de ainda lutar contra a reincidência. No caso de quem já fez o tratamento uma vez, é muito importante manter contato frequente com seu oftalmologista para que os cistos não se tornem um novo problema.

E você, tem dúvida e acha que pode ter contraído a toxoplasmose ocular? Então busque imediatamente uma clínica de oftalmologia!

Se você está localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro e tem alguns dos sintomas que comentamos ao longo texto ou simplesmente gostaria de marcar uma consulta de rotina, agende um horário com a COI pelo site e tenha um diagnóstico completo feito por nossos especialistas. Agende agora mesmo!

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Dr. Rafael Cerqueira

Graduado em Medicina pela Universidade José do Rosário Vellano-UNIFENAS-Alfenas-MG. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Para mais informações sobre sua experiência na área, clique aqui.
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