A miopia é uma das condições clínicas mais comuns que atinge a saúde dos olhos. A doença pode apresentar diferentes graus e deve ser tratada de acordo com a gravidade detectada.
Ao contrário do que se pode pensar, o problema nem sempre tem uma causa específica, como é o caso da alta miopia. Nessa condição, o paciente apresenta uma grande dificuldade de enxergar elementos e paisagens à distância, o que pode, a longo prazo, diminuir a qualidade de vida de quem recebe o diagnóstico.
Saiba mais sobre a alta miopia e quais as formas de tratamento existentes.
O que é alta miopia?
A condição da alta miopia é caracterizada pela miopia acima de 6 graus, geralmente associada a uma alteração no colágeno presente no olho. Essa alteração das fibras oculares é responsável por causar o aumento do comprimento do olho do paciente, e faz com que a miopia se agrave.
A alta miopia pode se desenvolver em função de componente genético, ou seja, pessoas com a doença costumam ter pais na mesma situação. Além disso, os casos podem variar conforme os hábitos adquiridos por cada pessoa.
A alteração da visão costuma aparecer no final da infância ou na entrada da puberdade. A partir do diagnóstico, o paciente que apresentar alta miopia deve procurar seu médico para corrigir a visão com o uso de óculos de grau ou lentes de contato.
O que acontece com o olho na alta miopia?
A Miopia é um erro refrativo onde a luz se focaliza antes da retina, resultando em visão embaçada de longe. O principal fator é o aumento do comprimento axial, que é a medida do olho da córnea (frente) até a retina (fundo). Em um olho míope, este eixo é alongado demais.
Na alta miopia (acima de 6 graus), esse alongamento é acentuado e progressivo, causando alterações estruturais permanentes. A esclera e a coroide ficam mais finas e a retina sofre tensão contínua.
Por essa razão, a condição é classificada como uma doença ocular degenerativa e representa um risco alto para complicações graves, como descolamento de retina, glaucoma e maculopatia miópica, que podem levar à perda visual.
Devido a essa fragilidade, a alta miopia exige acompanhamento oftalmológico especializado e regular, incluindo exames de imagem como OCT e biometria, cruciais para detectar precocemente alterações.
Quai os riscos da alta miopia?
Além da intensa dificuldade no dia a dia, em função do grau elevado, a alta miopia ainda pode levar ao desenvolvimento de outras condições ou doenças do olho, prejudicando a sua qualidade de vida.
Isso ocorre porque paciente com alta miopia apresentam uma série de alterações fisiológicas, como o alongamento do globo ocular. Vamos entender um pouco mais sobre os principais riscos da alta miopia!
1. Descolamento de Retina
Devido ao alongamento excessivo do comprimento axial do olho, a retina se torna esticada e fina, aumentando a chance de rasgos e buracos. O fluido vítreo pode se infiltrar por essas aberturas, separando a retina de sua posição e interrompendo o suprimento sanguíneo e nutricional.
Esta situação é uma emergência oftalmológica, pois a intervenção tardia pode levar até mesmo a perda visual irreversível.
Por isso, é importante ficar alerta aos sintomas de urgência:
- Aparecimento súbito de moscas volantes (miodesópsias);
- Flashes de luz (fotopsias);
- Sombras escura no campo de visão.
O tratamento, geralmente cirúrgico, deve ser feito o mais rápido possível por um Oftalmologista Especialista em Retina. A prevenção exige mapeamento de retina regular.
2. Maculopatia Miópica
Devido ao alongamento do olho, a mácula (região central da retina responsável pela visão detalhada) sofre afinamento e estiramento progressivo. Isso resulta em atrofia e degeneração da área, que leva a perda de visão central, afetando diretamente a leitura e o reconhecimento de rostos.
Em estágios avançados, podem surgir neovasos (vasos sanguíneos anormais) sob a mácula. O diagnóstico preciso requer exames de imagem como o OCT e, dependendo da gravidade, o tratamento pode envolver injeções intraoculares de medicamentos antiangiogênicos.
Para altos míopes, este acompanhamento contínuo e especializado é crucial para preservar a melhor qualidade de visão possível.
3. Glaucoma
Outro risco dos pacientes que possuem alta miopia é o desenvolvimento de Glaucoma. O alongamento do globo ocular torna o nervo óptico mais frágil e suscetível à pressão intraocular, mesmo que ela esteja em níveis normais.
O Glaucoma é uma doença causada por altos níveis de pressão intraocular, que danifica progressivamente o nervo óptico, causando perda silenciosa e irreversível da visão periférica. Quando não tratada, a doença pode levar até mesmo a cegueira.
Por isso, o acompanhamento médico constante e a realização de exames de rotina é fundamental para um diagnóstico precoce e início rápido do tratamento dessa condição.
4. Catarata Precoce
A alta miopia aumenta o risco do desenvolvimento de catarata, mesmo entre os mais jovens. As alterações metabólicas causadas pelo alongamento do olho (alto comprimento axial) levam à opacificação precoce e rápida do cristalino.
Isso provoca visão embaçada e flutuações constantes no grau dos óculos. O tratamento é a cirurgia de catarata, que exige a substituição do cristalino por uma lente intraocular com cálculo personalizado, garantindo a correção eficaz do problema refrativo.
5. Degenerações Retinianas Periféricas
O estiramento do globo ocular pela alta miopia causa afinamento e tração na retina periférica. Isso leva ao desenvolvimento de degenerações retinianas periféricas, como a chamada degeneração em treliça.
Tais áreas são extremamente frágeis e representam um alto risco de formação de rasgos, que são o prenúncio de um descolamento de retina.
Por isso, imprescindível que altos míopes realizem mapeamento de retina periódico para identificar essas lesões precocemente. Se detectados, o oftalmologista pode realizar o laser profilático, um procedimento rápido que “solda” a retina, prevenindo o rasgo e o subsequente descolamento.
Acompanhamento rigoroso em uma clínica especializada é vital para reduzir esse risco e garantir a saúde do sue olho.
Qual a melhor forma de prevenir as complicações da alta miopia?
A melhor forma de prevenir as complicações da alta miopia é através de um acompanhamento oftalmológico rigoroso em uma clínica de referência. Embora o alongamento do olho não possa ser revertido, a vigilância contínua é fundamental para a preservação visual.
É crucial agendar consultas oftalmológicas regulares (a cada 6 meses), incluindo mapeamento de retina e exames de imagem (OCT). Esta frequência permite o diagnóstico precoce de degenerações retinianas periféricas ou a ativação do glaucoma.
Além disso, uma clínica de qualidade pode orientar sobre o controle da progressão miópica em jovens e a atenção imediata a sinais de alerta, como flashes de luz (risco de descolamento de retina), garantindo intervenções rápidas para evitar danos irreversíveis.
Como é o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico da alta miopia é dado a partir de um exame de olho dilatado, que deve ser realizado no consultório, por um médico capacitado. Os pacientes que buscam este exame, geralmente apresentam visão turva, dor de cabeça, vista cansada e dificuldade de enxergar à distância.
É bom ficar claro que lentes de contato e óculos não são considerados tipos de tratamentos — já que não curam, e sim, corrigem a visão momentaneamente para que o paciente enxergue com mais facilidade.
Atualmente, a forma mais eficaz de tratar a alta miopia é a cirurgia refrativa a laser. No entanto, há diferentes tipos de procedimentos disponíveis, e o paciente deve escolher a melhor opção junto a um especialista.
Quando optar pela cirurgia, o paciente deve manter o uso das lentes de correção até o dia da intervenção, a fim de evitar que a visão seja prejudicada.
Quais cuidados preventivos são necessários?
Embora ainda não existam tratamentos preventivos contra o desenvolvimento da alta miopia — como colírios ou remédios, por exemplo —, é possível evitar situações graves ao consultar o oftalmologista com certa frequência.
Na identificação de qualquer sintoma, marque uma consulta com seu médico. Além de fornecer as informações necessárias, ele é o único profissional capacitado para indicar a melhor forma de tratamento para a miopia.
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