A catarata é uma doença ocular que acomete o cristalino, tornando-o progressivamente opaco, adquirindo um aspecto esbranquiçado.
O cristalino é uma lente natural presente em nossos olhos e é responsável pela conversão dos raios de luz até a retina e pela focalização das imagens que observamos. Como consequência da doença, pessoas com catarata têm perda gradual da visão, que torna-se enevoada e com cores menos nítidas e saturadas. Quando não é tratada, pode levar à cegueira.
A catarata está ligada a fatores genéticos – atingindo até mesmo recém-nascidos – ou ao envelhecimento natural do nosso organismo. A doença é responsável por cerca de 50% dos casos de cegueira no mundo, situação agravada em países em desenvolvimento, onde o acesso ao tratamento ainda é precário.
Com o surgimento de novas tecnologias, tem ocorrido uma evolução significativa nos tratamentos cirúrgicos para catarata, aumentando os índices de sucesso e reduzindo drasticamente o tempo de internação e os riscos de complicações.
Nos últimos tempos, muito tem se falado sobre a invenção de um colírio para doença, solução que trataria esses casos sem a necessidade de intervenção cirúrgica.
Mas será que já existe tratamento com colírios para a catarata? Nesse artigo vamos responder a essa pergunta, além de trazer outras informações sobre a catarata e como tratá-la. Acompanhe!
Tratamentos para catarata
O caráter progressivo da catarata é, na verdade, um fator complicador para o paciente, uma vez que, com o passar do tempo, a pessoa se acostuma à perda gradual da visão, o que retarda o diagnóstico precoce da doença e, consequentemente, o início do seu tratamento.
Embora existam estudos em andamento, o único método eficaz para tratar a catarata é por meio da cirurgia de facoemulsificação. Nesse procedimento, o oftalmologista, por meio de uma pequena incisão, retira o cristalino afetado pela doença e o substitui por uma lente artificial, desenvolvida para cumprir a mesma função.
A cirurgia é considerada simples e é realizada com anestesia local – por meio de colírios ou injeção – e sedação. Ao contrário do que acontecia até meados dos anos 90, atualmente o paciente já sai da sala de cirurgia com o olho aberto e recebe alta logo após a realização do procedimento, sem a necessidade de tampão. No entanto, é comum utilizar um proteção de gaze no caminho para casa para evitar e entrada de ciscos e para proteger o olho operado de pequenos traumas.
O pós-operatório é considerado tranquilo, sendo necessário o uso de colírios para evitar dores e infecções.
Como comentamos, a Medicina está em busca de novos tratamentos para a doença e, talvez por isso, muitos pacientes perguntem sobre a existência de um colírio para catarata e as alternativas para evitar a cirurgia.
Mas afinal, já existe tratamento com colírios para a catarata?
Estudos conduzidos nos Estados Unidos testam a eficácia de colírios para o tratamento da catarata.
Cientistas descobriram que, quando a doença surge por causas genéticas, uma substância chama lanosterol deixa de ser produzida pelo organismo. Baseados nessa descoberta, especialistas desenvolveram um colírio à base de lanosterol e aplicaram em animais afetados pela catarata.
Os resultados dos testes feitos em cachorros foram bastantes positivos, havendo remissão quase total da doença e restauração da visão. No entanto, assim que o colírio deixou de ser administrado, os sintomas voltaram a piorar.
Os estudos continuam e o colírio de lanosterol segue em fase de testes em animais. Por conta disso, não há ainda uma previsão de quando a substância poderá ser testada em humanos e muitos menos quando e se poderá ser utilizada por pacientes com catarata.
Conclusão
Vale ressaltar, portanto, que não existe colírio para o tratamento da catarata. Embora alguns sites afirmem que certos tipos podem ser aplicados em estágios iniciais para conter a progressão da doença, o fato é que não há eficácia comprovada.
De fato, quando utilizados com muita frequência, colírios comuns, desses vendidos livremente em farmácias, podem estar associados à perda de visão. Por sua vez, colírios com derivados de cortisona, quando utilizados por longos período, podem, na verdade, provocar catarata.
Por tudo isso, é fundamental que todos nós, sem exceção, nos consultemos periodicamente com um médico oftalmologista ao menos uma vez ao ano. O diagnóstico precoce é a melhor forma para garantir um tratamento adequado e com melhores chances de sucesso – e não apenas para a catarata, como para um série de outras doenças oculares.
Antes de buscar soluções duvidosas ou fazer uso indiscriminado de alguma substância, procure saber a opinião do seu oftalmologista. Ele é o único profissional que poderá fazer o diagnóstico preciso da saúde dos seus olhos e, se for caso, encaminhá-lo para a cirurgia de catarata.
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