O estrabismo pode ser tratado e as chances de sucesso aumentam se você procurar um oftalmologista o quanto antes
Ao contrário do que se possa imaginar, o estrabismo não se trata de uma condição estética. Na verdade, ele é um distúrbio no sistema muscular que pode ser causado por diversos fatores. Neste artigo, você conhecerá os detalhes mais importantes desse problema ocular e descobrirá qual é o tratamento para estrabismo mais indicado para cada situação.
O que é estrabismo?
Os olhos, para que funcionem corretamente, precisam apontar de forma simultânea para o mesmo objeto. O estrabismo é o nome de um distúrbio que afeta justamente esse paralelismo entre eles.
Nessa condição, os olhos apontam para direções diferentes, refletindo uma alteração da habilidade neuromuscular. Dessa forma, o estrabismo está relacionado a fatores neurológicos.
Quais são as principais causas do estrabismo?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, o estrabismo acomete, em média, 3% da população. Ele pode surgir tanto nos primeiros meses de vida quanto na fase adulta.
Para conhecer quais são as causas desse distúrbio, é importante que você compreenda como os olhos se movimentam. O funcionamento motor desses órgãos é controlado por 6 pares de músculos.
Eles recebem os comandos dos nervos cranianos que estão conectados ao sistema nervoso central. Quando um ou alguns desses músculos não agem em equilíbrio e sintonia com os demais, os olhos tendem a desalinhar.
Esse comprometimento da atividade muscular da visão pode decorrer de diversas razões. Confira quais são as mais comuns:
Dificuldade motora: Ocorre quando há falta de coordenação dos movimentos oculares.
Doenças oculares: O grau elevado de hipermetropia e a consequente dificuldade de visão obriga a pessoa a forçar o movimento dos dois olhos, aproximando-os constantemente. A catarata congênita também pode causar estrabismo.
Baixa visão: A visão reduzida em um dos olhos também pode causar estrabismo.
Doenças neurológicas: Esse distúrbio pode ser causado por como traumas, paralisia cerebral, AVC, entre outros problemas neurológicos.
Doenças genéticas: Portadores de síndrome de Down e paralisia cerebral têm maior probabilidade de desenvolver estrabismo.
Doenças infecciosas: Quem sofre de meningite ou encefalite corre o risco de desenvolver estrabismo.
Distúrbios hormonais: A tireoide e a diabetes estão entre as causas de estrabismo.
Envelhecimento: Pessoas idosas, por conta do envelhecimento dos tecidos de sustentação dos olhos, podem desenvolver estrabismo.
Além dessas causas, a hereditariedade é um dos fatores a serem considerados na hora de procurar um tratamento para estrabismo.
Quais são os tipos de estrabismo?
Em linhas gerais, podemos classificar o estrabismo em 3 grupos: convergente, divergente e vertical. Cada um deles é composto de uma série de subtipos.
Estrabismo convergente
O estrabismo convergente é identificado quando um ou ambos os olhos estão desviados para dentro e, geralmente, se voltam em direção ao nariz. Ele pode ser classificado nos seguintes subtipos esotropia acomodativa e esotropia precoce.
A esotropia acomodativa costuma aparecer por volta dos 2 anos de idade e é decorrente de hipermetropia em grau elevado. Já a esotropia precoce tende a aparecer em bebês com menos de 6 meses de vida.
Estrabismo divergente
Nesse tipo de estrabismo, o olhar é desviado para fora, em direção às laterais da face. Uma das subclassificações mais comuns é a exotropia intermitente, em que há um desvio em direção ao canto externo do olho quando a pessoa está distraída ou cansada.
O nome intermitente é dado justamente pelo fato de o desalinhamento não ser contínuo. No entanto, com o passar dos anos, caso não seja feito o tratamento para estrabismo adequado, os desvios tendem a ser mais frequentes.
Estrabismo vertical
Indica o desalinhamento no eixo vertical. Em outras palavras, ele é identificado quando um olho é voltado mais para cima ou mais para baixo em relação ao outro.
Principais sintomas de estrabismo
Antes de falarmos sobre os sintomas de estrabismo, é importante que você saiba que até os 3 meses de idade, é comum que o bebê não tenha total controle do movimento dos olhos. Alguns pais tendem a confundir isso com o distúrbio.
É fundamental manter a frequência de consultas com o pediatra. Caso o especialista identifique alguma alteração nos olhos da criança, ele encaminhará para o oftalmologista.
Em relação aos sintomas característicos de estrabismo, podemos mencionar o fechamento de um olho ou adequação da posição da cabeça para compensar o desvio, visão dupla e dor de cabeça.
A fadiga ocular e a visualização de imagens instáveis também são sinais comuns desse distúrbio. Algumas pessoas sentem o olho vagar, como se ele não respondesse aos comandos.
Como a pessoa estrábica inclina a cabeça para enxergar melhor, o torcicolo tende a estar entre os principais sintomas.
Diagnóstico
O diagnóstico de estrabismo dado por um oftalmologista especializado nessa área. O profissional fará uma avaliação clínica para avaliar o paralelismo dos olhos e detectar o desvio do olhar.
Dependendo da análise inicial, alguns exames podem ser solicitados, como tomografia e ressonância magnética. Exames de sangue e eletroneuromiografia (exame que avalia a qualidade da transmissão dos impulsos nervosos também fazem parte do diagnóstico.
Outros exames oftalmológicos, como teste padrão de listras, fundo de olho, oclusão e movimento ocular são fundamentais para diagnosticar o tipo de estrabismo.
Tratamento para estrabismo
Ao contrário do que muita gente pensa, o tratamento para estrabismo pode ser feito em qualquer idade. Mas isso não significa que ele não seja urgente. Quanto mais cedo o diagnóstico for dado, mais rapidamente o paralelismo ocular será resolvido.
Por isso, todas as crianças a partir de 1 ano de idade e adultos devem fazer exame oftalmológico de rotina pelo menos 1 vez por ano. Como alguns estrabismos podem ser bem sutis, é fundamental manter a rotina de consultas.
O tratamento mais indicado depende do tipo de estrabismo e do nível de comprometimento. O tratamento para estrabismo por esotropia precoce é feito por meio da oclusão.
Nesse caso, o olho comprometido é coberto por um tampão. Se for necessário, a criança deverá usar óculos e, dependendo do caso, passar por uma cirurgia para correção.
No caso do estrabismo divergente, o tratamento inicial inclui o uso de tampão, óculos e exercícios de fisioterapia. A cirurgia de estrabismo é indicada quando os métodos anteriores não oferecerem o efeito desejado.
Em alguns casos, o tratamento para estrabismo pode ser feito com aplicação de toxina botulínica. Essa substância paralisa partes do músculo ocular, permitindo o reequilíbrio e o alinhamento do olhar.
Para receber o tratamento adequado, é fundamental contar com profissionais especializados. A Clínica de Oftalmologia Integrada conta com um grupo multidisciplinar de oftalmologistas que avaliam, diagnosticam e tratam todos os tipos de estrabismo.
Além disso, nossos equipamentos modernos, aliados a técnicas de última geração, reforçam a preocupação de oferecer os melhores cuidados, desde a consulta até o procedimento cirúrgico, caso seja necessário.
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