O termo triquíase refere-se a uma alteração na qual os cílios estão fora da sua posição normal e acabam tocando a superfície ocular. O cílio mal posicionado tem cor e espessura semelhantes aos normais, podendo variar em número.
Você conhece o tratamento de triquíase? Sabe diferenciá-la da distiquíase? Então continue a leitura. Vamos mostrar tudo isso!
A distiquíase é frequentemente confundida com a triquíase. Trata-se de uma alteração rara em que existe uma ou mais fileiras adicionais de cílios, situadas na margem da pálpebra, posterior à fileira de cílios normais. Nesse local, estão os orifícios das glândulas de Meibomius, responsáveis por produzir uma secreção sebácea.
Quais as principais causas de triquíase e distiquíase?
São doenças adquiridas, de causa genética, precipitadas por algumas condições como:
- processos inflamatórios que afetam a margem palpebral e folículos pilosos;
- conjuntivites crônicas, como o tracoma;
- doenças dermatológicas, como as blefarites e outras afecções da pele palpebral e a hanseníase;
- inflamações localizadas, como os hordéolos (terçol);
- trauma ocular e palpebral;
- doenças conjuntivais cicatriciais, como a síndrome de Stevens-Johnson e o penfigoide ocular;
- queimaduras químicas.
Quais os tipos de tratamento para triquíase e distiquíase?
Existem diversas opções para tratar a triquíase e a distiquíase. A maioria delas são medidas paliativas, que servem, a curto prazo, para aliviar os sintomas na fase aguda do processo inflamatório. Podemos citar como exemplos o lubrificante ocular para diminuir o atrito dos cílios com o globo ocular, lentes de contato terapêuticas e epilação mecânica (remoção dos cílios mal posicionados).
Porém, essas medidas não são eficientes a longo prazo. Por exemplo, na epilação mecânica, os cílios voltam a crescer em 2 a 3 semanas. A estratégia para o tratamento definitivo é a cirurgia realizada por um médico oftalmologista especialista na área plástica.
Atualmente, os tratamentos cirúrgicos utilizados são:
- eletrólise, uma forma de cauterização do cílio;
- epilação a laser, geralmente quando existem poucos cílios fora da posição e estão esparsos;
- crioterapia (tratamento com congelamento), quando há um número maior de cílios envolvidos;
- técnicas cirúrgicas para correção da triquíase ou distiquíase.
Os tratamentos cirúrgicos da triquíase e distiquíase são definitivos. Quando alguma das técnicas é realizada, é a opção terapêutica mais adequada nessas alterações.
Quais cuidados são necessários no pós-operatório?
Geralmente a dor após a cirurgia não é intensa, podendo ser controlada com o uso de analgésicos comuns. É ideal fazer compressas frias sobre as pálpebras no intuito de reduzir o inchaço local (edema) que pode se formar. É recomendado manter o repouso por pelo menos 48 horas após o procedimento.
Outas recomendações no pós-operatório incluem:
- dormir sem que as pálpebras entrem em contato com o travesseiro;
- evitar contato de sabonetes e xampus na hora de tomar banho;
- realizar a limpeza das pálpebras com soro fisiológico gelado;
- proteger a região do sol utilizando óculos escuros.
Esperamos que você tenha entendido melhor o que são essas alterações dos cílios e o tratamento de triquíase e distiquíase.
É importante ressaltar a importância de procurar um oftalmologista para diagnosticar corretamente e definir qual o tratamento adequado.
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