A oftalmopediatria é uma subespecialidade com foco em cuidar da saúde ocular das crianças
Oftalmologista pediátrico ou oftalmopediatria, você já ouviu falar? Essa subespecialidade da oftalmologia foca nas crianças e nas doenças oculares específicas dessa faixa etária, oferecendo um tratamento mais completo e eficaz aos pequenos.
Quer aprender mais sobre essa área e as doenças tratadas pelos oftalmopediatras? Confira tudo aqui no nosso post!
O que é a oftalmopediatria?
A oftalmopediatria é uma subespecialidade médica que trata as doenças oftalmológicas das crianças e dos adolescentes, desde problemas de refração a malformações congênitas.
Como se tornar um oftalmologista pediátrico?
Para ser um oftalmopediatra o médico precisa realizar 3 anos de residência em oftalmologia e, então, se subespecializar em oftalmopediatria, o que leva mais 2 anos de estudo.
Após essa formação, ele está capacitado para tratar qualquer doença ocular que afete os jovens pacientes desde o nascimento até o final da adolescência.
Quais doenças são tratadas pelo oftalmologista pediátrico?
A estimativa é que 1 em cada 3 crianças em idade escolar possua alguma alteração ocular, o que garante um público extenso a esses profissionais. As doenças mais comuns são:
- Erros de refração
Os famosos “problemas de vista” — miopia, hipermetropia e astigmatismo — também podem surgir na infância, prejudicando o desenvolvimento da criança.
- Glaucoma congênito
O glaucoma congênito provoca lacrimejamento, fotofobia — aversão à luz e ambientes iluminados — e aumento do tamanho dos olhos. Pode evoluir para a cegueira se não for tratado.
- Catarata congênita
A catarata congênita provoca o surgimento de uma mancha branca no cristalino, a lente do olho, e impede a formação de imagens nítidas na retina. É a causa mais comum de cegueira tratável em crianças.
- Ambliopia
A ambliopia se caracteriza por uma alteração na visão de um olho, que faz com que o corpo aprenda a enxergar apenas com o outro olho. Costuma estar associada a graves erros de refração, estrabismo ou outras alterações oculares.
- Estrabismo
Pacientes estrábicos — comumente chamados de vesgos — apresentam desvio de um dos olhos, provocando um olhar torto que gera prejuízo estético, social e funcional.
- Retinoblastoma
É o câncer ocular mais comum em crianças, sendo diagnosticado em média aos 18 meses de idade. Pode ser completamente curado quando diagnosticado e tratado precocemente.
Quando levar a criança a um oftalmopediatra?
Após o nascimento, é necessário que o bebê faça o teste do olhinho em busca de alterações no reflexo pupilar associadas a algumas doenças oculares.
Esse teste pode ser realizado pelo médico generalista ou pelo pediatra, mas caso alguma alteração seja encontrada, é importante que a criança passe por uma avaliação oftalmológica completa que só o oftalmologista pediátrico é capaz de realizar.
Da mesma forma, outras alterações oculares como o estrabismo e os erros de refração também necessitam de um acompanhamento regular com o especialista.
Assim, a qualquer sinal de alguma doença ocular, a consulta com o oftalmologista pediátrico é essencial.
Como é feita a avaliação oftalmológica das crianças?
Muitas alterações podem ser diagnosticadas apenas com a observação do comportamento da criança.
Os bebês, por exemplo, devem ser capazes de identificar e pegar um objeto, acompanhar com o olhar a movimentação de pessoas a seu redor e reagir a mudanças na iluminação do ambiente.
Por volta de 1 ou 2 anos de idade, já dá para ver como a criança anda, se ela tropeça muito, se bate em objetos espalhados pelo ambiente ou se consegue desviar deles.
A partir dos 4 anos de idade, a criança já poderá ler letras e números e realizar um teste de visão mais tradicional, descrevendo imagens e identificando cores.
Apesar dessa avaliação observacional, se o médico achar necessário realizar um exame de fundo de olho em crianças muito pequenas, pode ser necessário sedá-la dentro da sala de cirurgia.
Por que a oftalmopediatria é tão importante?
As doenças oculares em crianças costumam ser tratáveis quando identificadas cedo, mas se os pais demoram a perceber as alterações oculares e a levar a criança ao médico, o caso pode atrapalhar o rendimento escolar, prejudicar a vida social da criança e até evoluir para a cegueira.
E então, nosso post esclareceu suas dúvidas sobre a oftalmopediatria?
Continue bem informado. Assine nossa newsletter e receba os conteúdos com exclusividade na sua caixa de entrada!
E não esqueça de visitar o seu oftalmologista de confiança regularmente!