Tudo sobre hipermetropia: sintomas, tratamentos, causas e mais

Senhor levantando óculos de grau enquanto tenta enxergar celular na outra mão, indicando sintomas de hipermetropia com a dificuldade de ver de perto

Um dos principais sintomas da hipermetropia é a dificuldade de enxergar de perto. Descubra tudo sobre o problema, conheça suas causas, formas de tratamento e mais sobre o assunto.

A hipermetropia se caracteriza por ser uma anomalia que prejudica a visão de objetos próximos, complicando muito o dia a dia e reduzindo a liberdade da pessoa quando não for corrigida.

Por isso, aprender um pouco mais sobre o assunto e descobrir o que é hipermetropia, e o que fazer se você ou alguém próximo tiver esse problema, ajuda a amenizar tais dificuldades. Confira nosso texto e tire suas dúvidas:

O que é hipermetropia?

A hipermetropia é um problema de visão que afeta a capacidade de enxergar objetos próximos com clareza. Pessoas com hipermetropia têm dificuldade em focar em objetos próximos, enquanto objetos distantes podem ser vistos com mais clareza.

Geralmente isso acontece porque as pessoas com hipermetropia possuem alguma alteração ocular, como o globo ocular um pouco mais achatado ou a córnea mais plana que o normal, ocasionando erros na captação da imagem pela retina. Quanto mais divergente for a incidência dos raios de luz, pior será a acuidade visual do paciente.

Como é a visão de quem tem hipermetropia?

A pessoa com esse mal pode enxergar perfeitamente objetos que estejam situados a certa distância, mas à medida que vão se aproximando da vista, vão perdendo seu foco gradativamente.

Confira agora mesmo nosso vídeo explicativo antes de começarmos o nosso artigo exclusivo:

Veja também: Quais são os problemas de visão mais comuns e como tratá-los?

Tipos de hipermetropia

Existem dois tipos de hipermetropia: a axial e a refrativa. Antes de descrevê-las, porém, é importante ressaltar que o diagnóstico correto de cada tipo é fundamental para que a pessoa receba o tratamento ideal, uma vez que ambas são causadas por fatores completamente diferentes.

Isso posto, vamos entender um pouco mais sobre elas:

1. Hipermetropia axial

Ocorre por conta do achatamento do eixo axial do globo ocular. Com isso, o espaço entre a pupila, por onde entram os raios luminosos, e a retina, onde é formada a imagem enviada para o nervo ótico, é menor e, com isso, a imagem se forma erroneamente.

2. Hipermetropia refrativa

Neste caso, o globo ocular possui um formato normal, mas existem alterações em outras estruturas oculares. Entre as possíveis causas da hipertrofia refrativa estão córneas mais planas que o comum, redução dos índices de refração do cristalino ou do humor aquoso, ou ainda ausência do cristalino, condição conhecida como afacia.

Seja qual for o caso, essas alterações fazem com que os raios incidam na retina de maneira mais divergente do que o normal, prejudicando a formação da imagem.

Quais as causas da hipermetropia?

Como vimos, a hipermetropia pode ser causada por diferentes fatores que modificam certas estruturas oculares. No entanto, independentemente da causa, essas alterações provocam o mesmo problema: o hipermétrope tem dificuldades para enxergar objetos que estejam próximos.

Vale destacar que trata-se de uma condição anatômica e, como tal, o principal fator de risco para o seu desenvolvimento é puramente genético. Ou seja, pessoas hipermétropes costumam fazer parte de famílias em que seus membros já sofrem com esse problema.

Quais os sintomas da hipermetropia?

Além da dificuldade de enxergar objetos próximos, outros sintomas comumente relacionados à hipermetropia são:

  • Dor de cabeça;
  • Dor nos olhos;
  • Visão embaçada;
  • Lacrimação.

Esses sintomas costumam se manifestar principalmente no final do dia, após longos períodos forçando a vista.

Diagnóstico da Hipermetropia

O diagnóstico da hipermetropia pode ser feito por meio de um exame de refração realizado por oftalmologista. Nesse exame, o médico utiliza um aparelho chamado auto-refrator, que identifica o grau de refração causado pelas alterações nos olhos do paciente.

Também costuma-se trabalhar com a projeção de letras e números para averiguar a capacidade visual. Por último, utiliza-se um aparelho chamado Green, que testa o melhor grau de lente para cada caso.

É importante frisar que, em muitos casos, a hipermetropia pode passar despercebida, especialmente em pacientes mais jovens. Isso acontece por conta da capacidade do cristalino em se reacomodar dentro do olho, ajustando seu formato na tentativa de focar melhor os objetos observados e corrigindo leves alterações refracionais.

Como essa capacidade vai se perdendo ao longo do tempo, é comum que a hipermetropia se agrave com o passar dos anos, ficando mais perceptível em pessoas com idades mais avançadas, especialmente a partir dos 35 ou 40 anos de idade.

Tratamento da Hipermetropia

Existem duas alternativas de tratamento para corrigir a hipermetropia. A mais convencional é por meio do uso de óculos ou lentes de contato que corrijam as divergências causadas pelas alterações oculares. Para isso, ao contrário das comuns, essas lentes são convexas – mais espessas no centro do que nas extremidades.

A outra opção é a realização de cirurgia refrativa a laser. Nesse caso, corrigem-se as curvaturas para proporcionar ao globo ocular um formato mais próximo ao ideal. Também é possível realizar uma cirurgia para colocação de implantes de lentes intra-oculares, que buscam melhorar a acuidade visual do paciente.

Leia também: Cirurgia de hipermetropia: quando ela é indicada?

Como prevenir o problema?

Por se tratar de uma condição anatômica, não existe uma maneira de prevenir a hipermetropia. Cabe a pessoa adaptar-se ao uso de óculos ou lentes de contato ou, se preferir, submeter-se às cirurgias refrativas.

Vale frisar, no entanto, que, em crianças, a hipermetropia pode estar associada ao estrabismo e, caso não seja tratada desde cedo, também está relacionada à ambliopia, quadro em que há prejuízos ao desenvolvimento da visão. Esse tipo de complicação está diretamente ligada a problemas como falta de atenção e mau desempenho escolar, além de cansaço e sono frequentes.

Para evitar que isso aconteça, é necessário acompanhamento oftalmológico periódico desde o primeiro ano de vida, facilitando o diagnóstico e tratamento precoce. O ideal é que isso continue pelo menos até os 22 ou 23 anos de idade, quando a anatomia dos olhos deixa de mudar.

Saiba mais: Saiba quando levar a criança a um oftalmologista

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Dr. Ricardo Filippo

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Dr. Ricardo Filippo é especialista em oftalmologia e produz conteúdos sobre saúde ocular.

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