A conjuntivite alérgica é uma inflamação da conjuntiva causada por reações alérgicas. Segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia, a conjuntivite alérgica possui alta ocorrência, afetando aproximadamente 20% da população.
A conjuntivite alérgica é uma irritação ocular desencadeada por alérgenos presentes no ar, animais e produtos químicos. Seus sintomas incluem coceira intensa e vermelhidão, variando em intensidade dependendo da exposição do paciente ao que o deixa irritado.
Um estudo recente da Revista Brasileira de Oftalmologia alertou sobre o impacto dessa condição na população, ressaltando sua relação com a queda na qualidade de vida devido ao desconforto e às limitações nas atividades diárias.
Para que você possa se informar e se proteger, vamos entender as causas, sinais e opções de tratamento para a doença, além de discutir a importância de um diagnóstico adequado e das medidas preventivas que minimizem os impactos no dia a dia.
O que é conjuntivite alérgica?
A conjuntivite alérgica é uma inflamação da conjuntiva (membrana que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras), causada por uma reação alérgica a substâncias como pólen, poeira, ácaros, pelos de animais, mofo ou produtos químicos.
Esse tipo não é contagioso e pode ocorrer em qualquer época do ano, sendo comum em pessoas com histórico de alergias, como rinite alérgica ou asma.
Qual a diferença entre conjuntivite infecciosa e alérgica?
A conjuntivite infecciosa, viral ou bacteriana, é uma inflamação contagiosa causada por vírus ou bactérias. Seus sintomas incluem olhos vermelhos, secreção (amarelada e espessa na bacteriana, clara e aquosa na viral), sensação de areia nos olhos e inchaço nas pálpebras.
A transmissão ocorre pelo contato com secreções oculares, objetos contaminados ou até mesmo pelo ar, no caso da conjuntivite viral. O tratamento varia conforme a causa, já que a viral costuma desaparecer sozinha, enquanto a bacteriana pode exigir colírios antibióticos.
No caso da conjuntivite alérgica, trata-se de uma inflamação não contagiosa, que ocorre devido a uma reação a substâncias alergênicas. Diferente da infecciosa, a alérgica pode ser recorrente.
Veja mais: Conheça os principais sintomas de conjuntivite, e veja o que fazer quando identificá-los
Quais são as causas da conjuntivite alérgica?
Essa condição é causada por uma reação do sistema imunológico a substâncias que irritam a conjuntiva, chamadas alérgenos.
Quando uma pessoa sensível entra em contato com esses alérgenos, o organismo libera histamina e outras substâncias inflamatórias, causando irritação e outros sintomas.
Entre os principais agentes desse tipo de alergia, estão:
- Pólen: comum em épocas de primavera e outono, afeta pessoas com rinite derivada de alergia;
- Ácaros da poeira: presentes em colchões, travesseiros, cortinas e tapetes;
- Pelos de animais: principalmente de cães e gatos, devido a proteínas presentes na saliva e na pele do animal;
- Mofo e fungos: encontrados em ambientes úmidos e mal ventilados;
- Produtos químicos: como maquiagem, perfumes, fumaça de cigarro, cloro de piscina e produtos de limpeza;
- Lentes de contato: uso prolongado ou reação a soluções de limpeza das lentes.
Quais são os sintomas de conjuntivite alérgica?
Os sintomas podem surgir de forma leve e se intensificar conforme a época do ano e a frequência de exposição ao alérgeno. Os principais sinais incluem:
- Coceira intensa nos olhos;
- Olhos vermelhos e irritados;
- Lacrimejamento excessivo;
- Sensação de areia ou queimação;
- Inchaço leve nas pálpebras;
- Sensibilidade à luz;
- Ausência de secreção purulenta.
Como é diagnosticada a conjuntivite alérgica?
O diagnóstico é feito por um oftalmologista ou alergista, que avalia os sintomas e o histórico do paciente. Como a condição está associada a rinite e asma, o médico pode investigar possíveis gatilhos ambientais. Os procedimentos incluem:
- Avaliação clínica: o especialista analisa as queixas, como coceira intensa, lacrimejamento e vermelhidão, além de investigar sobre o histórico de alergias;
- Exame ocular: realiza a observação da conjuntiva e das pálpebras para verificar sinais de inflamação e secreção;
- Teste alérgico: em casos recorrentes, são realizados testes de alergia para identificar substâncias que desencadeiam a reação.
- Análise da secreção lacrimal: para situações específicas, é feito um exame para verificar a presença de células inflamatórias típicas da alergia.
Quais tratamentos estão disponíveis para a conjuntivite alérgica?
O tratamento foca no alívio dos sintomas e na prevenção das crises. Por isso, a primeira medida é evitar o contato com os alérgenos conhecidos. Além disso, compressas frias e lágrimas artificiais ajudam a reduzir a irritação e o desconforto ocular.
O uso de colírios antialérgicos é outra opção eficaz, incluindo estabilizadores de mastócitos e anti-histamínicos, que reduzem a inflamação e a coceira.
Em casos mais graves, o médico pode prescrever colírios com corticosteroides para um alívio rápido, mas seu uso deve ser controlado para evitar efeitos colaterais.
Remédios para conjuntivite alérgica, como os antialérgicos orais, também podem ser recomendados quando há outras alergias associadas, como rinite.
Para pacientes com queixas persistentes, a imunoterapia (vacinas para alergia) pode ser considerada para reduzir a sensibilidade ao alérgeno.
Quanto tempo dura a conjuntivite alérgica?
A condição pode durar de alguns dias a semanas, dependendo da causa e da exposição ao alérgeno.
Em casos sazonais, como alergia ao pólen, os sintomas persistem durante toda a estação. Já em alergias contínuas, como as causadas por ácaros ou pelos de animais, os sintomas duram enquanto houver contato com o agente irritante.
Com o tratamento adequado, como o uso de colírios antialérgicos e a redução da exposição ao alérgeno, os sintomas costumam melhorar em poucos dias.
Contudo, se a alergia for recorrente, a inflamação pode voltar, sempre que o paciente entrar em contato com a substância desencadeante.
Como prevenir a conjuntivite alérgica?
A prevenção começa ao evitar o contato com os agentes alérgenos. Nesse caso, é importante manter o ambiente limpo e livre de poeira, ácaros, mofo e pelos de animais. Além disso, existem estratégias eficientes, como:
- Uso do óculos de sol: ele protege contra pólen e outros agentes irritantes ao ar livre.
- Higienização das roupas de cama: lave travesseiros, lençóis e cortinas regularmente para reduzir ácaros e poeira;
- Evitar esfregar os olhos: essa ação pode agravar a irritação e espalhar alérgenos;
- Uso de colírios lubrificantes: eles ajudam a remover partículas irritantes e manter os olhos hidratados;
- Manter as mãos limpas: reduz o risco de contato com substâncias irritantes;
- Ficar longe de produtos químicos agressivos: como maquiagens, perfumes e produtos de limpeza que causam reações irritantes.
Quando é necessário consultar um médico?
É recomendável consultar um oftalmologista ou alergista sempre que os sintomas forem intensos, persistentes ou interferirem na qualidade de vida.
Embora a condição não seja contagiosa, um diagnóstico correto é importante para evitar complicações e descartar outras doenças oculares.
De modo geral, a conjuntivite alérgica é uma doença ocular que, como qualquer outro desequilíbrio, precisa de atenção. O desconforto que ela causa impacta a rotina, principalmente de quem sofre com alergias frequentes.
Diante de sintomas persistentes ou intensos, buscar a orientação de um especialista garante um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz, promovendo mais conforto e bem-estar.
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