Por que dilatar as pupilas e como funciona esse procedimento?

Olho com pupila dilatada

Embora o procedimento de dilatar as pupilas gere certo desconforto aos pacientes, ele é muito importante em consultas oftalmológicas

Caso já tenha feito uma visita ao oftalmologista, provavelmente você já teve, em algum momento, que dilatar as pupilas. E, mesmo que não tenha passado por esse procedimento, já deve ter ouvido falar nele. 

Seja ao realizar check-up oftalmológico para manter a saúde dos olhos, ou porque algo está errado na visão, o procedimento de dilatação da pupila às vezes nos pega de surpresa. 

Quando o procedimento é realizado, primeiro o paciente sente uma ardência no olho devido à aplicação do colírio necessário. Depois, passa a ter a visão embaçada, além da sensibilidade à luz, que costuma durar um certo tempo. 

Devido a esses sintomas, a dilatação gera incômodo nos pacientes. Porém, é definitivamente algo muito comum em consultas oftalgísticas.  

Mas, afinal, por que dilatar as pupilas? Será que é realmente necessário fazer isso? Se essas também são as suas dúvidas, continue a leitura e entenda mais sobre o assunto! 

Por que dilatar as pupilas?

Os casos de doenças oculares já eram grandes antes da pandemia, mas, depois do período de isolamento social, passaram a ser ainda maiores. Com isso, é ainda mais necessário procurar por um oftalmologista para acompanhar a saúde dos olhos e conferir se está tudo bem. 

Dito isso, um dos procedimentos mais comuns realizados em consultas oftalmológicas é o de dilatação das pupilas (dilatação pupilar). 

Esse procedimento é importante para que o especialista consiga fazer o diagnóstico preciso de certas doenças oculares. Além disso, também ajuda a definir de maneira mais precisa o grau da condição que o paciente possui. 

É importante destacar que, geralmente, a dilatação ocorre quando é necessário fazer exames oftalmológicos mais completos. Porém, antes disso, existe uma conversa com o médico para que o paciente fique consciente que passará pelo procedimento. 

O que significa ter a pupila dilatada?

A pupila nada mais é do que uma abertura no centro da íris — parte colorida dos olhos. A sua função é controlar a entrada de luz nos olhos. 

Sabe quando entramos em um lugar escuro quando o dia está ensolarado e demora um certo tempo para que o olho se acostume com a redução da luz? Isso acontece porque a pupila precisa se dilatar para que ocorra uma maior entrada de luz nos olhos. 

Quando a pupila está pequena, ou seja, está em miose, o oftalmologista não consegue ver de maneira clara o fundo dos olhos. Ou seja, em consultas com oftalmologistas, quando a pupila é dilatada, os médicos conseguem ver de maneira mais nítida o fundo da retina. 

Como funciona o procedimento

Como já citamos, antes de o procedimento ser realizado, ocorre uma conversa com o oftalmologista. O profissional deve explicar ao paciente o porquê dele precisar dilatar as pupilas, quais serão os efeitos e como ele funciona. 

No dia da realização do processo, o médico pode utilizar alguns colírios específicos. Eles têm como objetivo manter a pupila do paciente dilatada, não importa a quantidade de luz no ambiente. 

Por esse motivo, é importante que o paciente esteja com um acompanhante no dia. Afinal, com a pupila dilatada, a visão pode ficar embaçada, afetando a realização de certas atividades, como dirigir ou utilizar transporte público. 

A dilatação também pode gerar um efeito de redução da acomodação ocular. Isso quer dizer que ocorre a diminuição da capacidade do olho de se adaptar ao foco da visão de longe para perto. 

Depois que o médico aplica as fotos do colírio, pode demorar em torno de 20 a 40 minutos para que as pupilas sejam totalmente dilatadas. No entanto, isso varia muito para cada paciente. 

Em que casos é utilizado e para quem é indicado

A dilatação da pupila é indicada principalmente para casos onde existem altas ametropias (graus) e quando existe grande variação de grau de um ano para outro.

Além disso, também é comum quando é necessário identificar determinados tipos de doença ocular, como:

A decisão de dilatar as pupilas depende de cada médico e de cada caso. No entanto, no geral, quando não existe uma grande variação do grau, não é necessário fazer a dilatação.

É importante deixar claro que algumas pessoas, geralmente, precisam dilatar a pupila anualmente. Algumas delas são: 

  • Pessoas com mais de 60 anos;
  • Pessoas negras acima de 40 anos — porque correm maior risco de sofrerem com glaucoma;
  • Pessoas diabéticas, não importa qual a sua idade. 

Antes e após o procedimento: o que fazer? 

Assim como já citamos brevemente, antes de dilatar as pupilas do paciente o médico precisa explicar como ocorre o procedimento e quais são os seus efeitos. Além disso, deve pedir para que o paciente venha acompanhado no dia da realização do exame. 

Já os principais sintomas da pupila dilatada são:

  • Fotofobia (sensibilidade à luz);
  • Dificuldade de visão — especialmente para perto. 

Esses sintomas desaparecem depois de algumas horas. Porém, para reduzir o desconforto na pós-realização do exame, é recomendável utilizar óculos escuros. 

Além disso, embora seja raro acontecer, o paciente também pode ter algumas reações alérgicas, incluindo inchaço nas pálpebras ou olho vermelho. É muito importante conversar com o oftalmologista para entender como agir caso isso aconteça. 

O que não é permitido fazer depois do procedimento? 

Como a visão do paciente estará embaçada e ele terá sensibilidade à luz, é importante que ele evite dirigir após fazer a dilatação. Tenha em mente que a luz pode te incomodar, tornando a direção perigosa. 

Portanto, se você precisa passar pelo procedimento, sempre peça para que alguém te acompanhe no dia, especialmente se for a primeira vez que irá realizá-lo. 

Além disso, pode ser que você não consiga trabalhar no dia que fizer o exame. Isso porque o seu olho poderá ter dificuldade para se concentrar em coisas que estão próximas a você. 

Com isso, pode ser que você não consiga ler, utilizar o computador ou realizar outros tipos de tarefas. Dito isso, se possível, é recomendável que tente marcar a consulta para o final do dia. Assim, não precisará retornar ao trabalho. Se não conseguir fazer isso, solicite um atestado médico ao seu oftalmologista. 

Quanto tempo leva para a pupila dilatada voltar ao normal?

O tempo para a pupila dilatada voltar ao normal vária para cada paciente. No entanto, geralmente, pode demorar entre 3 e 24 horas, variando para menos ou mais. 

A substância aplicada, a concentração do colírio e a suscetibilidade de cada paciente são fatores que influenciam o tempo de “recuperação”. 

Qual o risco de dilatar a pupila?

Algumas pessoas têm medo de dilatar a pupila porque acham que terão glaucoma por fazer isso. Na verdade, o risco disso acontecer é mínimo quando o procedimento é realizado com um profissional confiável. 

Ao falar com o seu médico, ele fará diversas perguntas e entenderá quais são as suas necessidades. Existem casos em que não é recomendado fazer a dilatação da pupila, como em pós-operatório imediato da cirurgia de catarata, por exemplo. 

No entanto, o oftalmologista só fará a dilatação se realmente entender que ela é necessária. 

Valores

Os valores para esse tipo de procedimento depende muito da clínica ou do médico que o realiza. Pode ser, por exemplo, que o custo já esteja incluso na consulta ou na realização de outro exame. 

Por esse motivo, é muito importante consultar antes essa informação com o oftalmologista. 

Onde realizar o procedimento?

Assim como qualquer outro tipo de procedimento nos olhos, é muito importante que a dilatação das pupilas seja feita com um oftalmologista e/ou em uma clínica confiável.

Tenha em mente que dilatar as pupilas realmente é algo que pode gerar certo desconforto. Porém, quando feito com um médico capacitado, é possível sentir mais conforto e segurança ao realizá-lo. 

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Dr. Ricardo Filippo

Dr. Ricardo Filippo

CRM: 5281096-7 | RQE: 17512. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Veja informações sobre sua experiência na área.

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