Tipos de miopia: quais são e como são identificados

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Compreender quais são os diferentes tipos de miopia é importante para saber como funciona o diagnóstico da doença e receber o tratamento mais adequado; entenda! 

A miopia é um dos erros de refração que mais atinge pessoas em todo o mundo. O que muitas pessoas não sabem é que existem diferentes tipos de miopia. 

O distúrbio afeta a visão de modo que não é possível enxergar imagens distantes de forma clara. Ele também pode provocar dores de cabeça, tonturas e lacrimação, o que pode prejudicar a qualidade. 

Segundo um relatório divulgado pela OMS, cerca de 2,6 bilhões de pessoas têm essa condição ocular em todo o mundo. Vale destacar que a miopia começa a surgir nos períodos da infância e adolescência, podendo aumentar de grau até chegar na vida adulta, quando, geralmente, se estabiliza. 

Neste artigo, falaremos sobre os tipos de miopia, como eles são identificados e o que mais você precisa saber em relação ao assunto. Confira! 

Conheça os tipos de miopia 

A miopia é um distúrbio ocular que pode começar a se desenvolver entre os 6 e os 8 anos. Na maioria das vezes, passa a se estabilizar depois dos 18 anos. 

Um dos sinais mais comuns desse problema ocular é a dificuldade para enxergar objetos que estão longe. Eles podem parecer borrados, como as placas de trânsito ou a televisão, por exemplo. 

Por esse motivo, é comum que pacientes com o distúrbio tenham o costume de “apertar os olhos” para conseguirem ver de maneira mais clara. Porém, com isso, podem surgir sintomas como dor de cabeça. 

Mas, afinal, quais são os tipos de miopia? Entenda a seguir!

1. Miopia axial

No caso de miopia axial, trata-se de uma condição onde os raios de luz não são convergidos na retina do olho. Isso acontece porque o globo ocular é maior do que o ideal. 

Portanto, o comprimento do olho se torna maior do que o comprimento do óptico, o que faz com que a luz não chegue na retina. Entre os tipos de miopia, esse é o que costuma ter graus mais elevados. 

2. Miopia de curvatura

A miopia de curvatura ocorre quando a córnea e/ou cristalino têm a curvatura mais acentuada. Devido a esse formato, pode ocorrer uma convergência dos raios de luz antes da retina. 

Esse é o tipo de miopia mais frequente, onde os raios luminosos não convergem da forma correta. 

3. Miopia por índice refrativo do cristalino

Com o decorrer do tempo, o cristalino se torna mais opaco e, por esse motivo, ocorre o aumento do índice de refração. 

Consequentemente, quanto mais difícil for para a luz passar pelo cristalino, maior será o desvio que ela faz. Com isso, ocorre uma convergência procurando, antes da retina. Esse tipo de miopia é mais frequente em pessoas idosas. 

4. Miopia secundária

A miopia pode ser decorrente de outras doenças, como a catarata ou o glaucoma, por exemplo. Pacientes que passam por essa situação possuem a conhecida miopia secundária.

5. Miopia congênita 

A miopia congênita vem do nascimento da pessoa e, geralmente, tem um grau elevado. 

6. Miopia degenerativa

Como o próprio nome já indica, a miopia degenerativa é um distúrbio que ocorre devido à degeneração das estruturas dos olhos. 

Essa condição ocular atinge cerca de 3% da população. Também é importante destacar que esse tipo de miopia tem maior propensão a gerar lesões na retina, como o descolamento de retina — o que pode gerar cegueira. 

Como são identificados e diagnosticados

Todos os tipos de miopia devem ser diagnosticados com um oftalmologista, que realiza os exames oftalmológicos necessários. 

O médico pode dilatar os olhos com colírios para que consiga examinar a pupila, a retina e o nervo óptico. Assim, é possível realizar diversos testes para obter diagnósticos precisos.  

Alguns dos exames que podem ser realizados são o de dilatação, teste de glaucoma, exame da lâmpada de fenda, entre outros. Uma vez que todos os exames necessários são concluídos, um diagnóstico pode ser feito. 

Graus de miopia e seus tipos 

Ao realizar exames para identificar problemas de refração, o oftalmologista também pode verificar quais são os graus de miopia. Esses graus são divididos em três categorias, que são: leve, moderada e grave ou alta. 

  • Leve: -0,25 a -3 graus
  • Moderada: -3,25 a -6 graus
  • Grave ou alta: acima de -6 graus

Quanto maior for o grau, maior é a dificuldade para que a pessoa enxergue com nitidez as imagens que estão em uma longa distância. 

Quem tem miopia leve, geralmente, consegue ter uma rotina tranquila, sem muitas dificuldades. No entanto, com o decorrer do tempo, se o problema não for tratado, o distúrbio pode se agravar.  

Por esse motivo, mesmo que o grau de miopia seja baixo, é essencial que ocorra o acompanhamento com oftalmologista para que ele monitore a evolução do quadro do paciente. 

Em casos de miopia grave, a visão está muito comprometida, o que prejudica a rotina das pessoas. Por exemplo, pode ser difícil caminhar, caso não utilize óculos ou lentes de contato com grau. 

Qual é o grau mais alto de miopia? 

Como citamos no tópico anterior, quanto maior o grau de miopia, mais grave é o problema refrativo. Portanto, o grau mais alto de miopia é acima de -6 graus.

Tratamentos

Quando alguém é diagnosticado com miopia leve, o tratamento básico para o problema é o uso de óculos ou lentes de contato corretivas — com grau. 

Para a miopia, é recomendado usar lentes divergentes. Com isso, é possível que a luz, ao atingir os olhos, tenha um alcance melhor da retina e, consequentemente, pode convergir nela.

Cirurgia de miopia e seus tipos

Caso o oftalmologista identifique que o paciente pode realizar uma cirurgia de miopia, ele pode indicar dois tipos de técnicas, a Lasik e a PRK. 

Porém, um dos requisitos para passar por esse tipo de procedimento é que a miopia esteja estável. A cirurgia refrativa a laser é muito segura, em ambas técnicas, e duram alguns minutos — cerca de 15 minutos. 

Entenda melhor como cada cirurgia de miopia funciona. 

Lasik e PRK

A Lasik é uma técnica que tem como objetivo criar uma “tampa” na córnea, que é chamada de “flap”. Feito isso, o laser molda a córnea. 

Já no caso da PRK, não é necessário levantar o “flap”, mas apenas aplicar o laser para remover as células epiteliais da córnea, fazendo a sua moldagem. 

A técnica de cirurgia a ser realizada depende da indicação do oftalmologista de acordo com o caso de cada paciente. 

É importante deixar claro que, embora as cirurgias sejam simples, os procedimentos não impedem que a miopia retorne. Além disso, também não impede que o grau de miopia continue. 

Vale destacar que a cirurgia refrativa é realizada desde 1970, sendo muito procurada por quem tem miopia. No entanto, assim como qualquer outro tipo de procedimento cirúrgico, ela exige certas recomendações e cuidados. 

Por exemplo, como já foi dito, é necessário que a miopia esteja estabilizada. Portanto, o procedimento é indicado para quem tem mais de 21 anos, e o grau da miopia precisa estar com estabilização de 6 meses a 1 ano. 

Além disso, a cirurgia não é indicada para quem tem a córnea fina, já que o laser pode danificar o tecido da córnea.  

Principais cuidados para cada tipo de miopia 

A miopia é um distúrbio na visão que não tem cura. Ou seja, é um problema que os pacientes míopes precisam lidar por toda a vida. 

Entretanto, é possível ter essa condição e, ao mesmo tempo, ter uma vida normal, desde que o paciente tome os cuidados necessários. Por exemplo, é fundamental fazer visitas ao oftalmologista periodicamente, fazer exames de rotina e verificar se o grau da miopia foi alterado. 

Depois que receber o diagnóstico de problema refrativo, é necessário seguir todas as recomendações do oftalmologista, como utilizar óculos ou lentes de grau. Se possível, e recomendado pelo médico, é possível realizar a cirurgia de miopia. 

Visitas regulares ao médico 

Agora que você já sabe quais são os tipos de miopia, é extremamente importante que tenha em mente qual é a importância de fazer visitas regulares ao médico. 

Somente um médico especialista poderá diagnosticar um caso de miopia — ou de qualquer outro problema na visão — e qual é o tratamento mais adequado para cada paciente. 

Vale destacar que uma consulta ao oftalmologista deve ocorrer quanto antes ao identificar um sintoma na visão. 

Porém, mesmo que não sinta nada de diferente no olho, é importante visitar o médico pelo menos uma vez por ano para verificar como está a saúde dos olhos. 

Ainda tem alguma dúvida sobre miopia e quer falar com um profissional? Se estiver em busca de uma Clínica Oftalmológica no Rio de Janeiro, entre em contato com a COI Oftalmologia e agende a sua consulta! 

Dr. Ricardo Filippo

Dr. Ricardo Filippo

CRM: 5281096-7 | RQE: 17512. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Veja informações sobre sua experiência na área.

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