O olho roxo, ou hematoma periorbital, pode ocorrer por cansaço, irritação, traumas no rosto ou mesmo por procedimentos cirúrgicos. Não é algo grave, mas é importante consultar seu oftalmologista para identificar a causa exata.
Você já ficou com os olhos roxos ou conhece alguém que já passou por isso? Pois saiba que existem diversas causas que podem levar ao escurecimento ao redor olhos: de uma simples olheira a problemas mais sérios e que exigem atenção, essas manchas podem aparecer a qualquer momento.
De uma maneira geral, no entanto, o olho roxo não é sintoma de algo grave. Devemos lembrar que essa é uma região altamente vascularizada e que a pele ao redor dos olhos é muito menos espessa do que em outras partes do nosso corpo.
Com isso, qualquer impacto mais significativo, ou até mesmo o envelhecimento natural do organismo, pode causar pequenas hemorragias e, consequentemente, inchaços e hematomas, que acabam alterando o tom da pele e deixando um aspecto escuro em torno dos olhos.
Neste post vamos falar sobre os sintomas, as causas e os tratamentos para as manchas roxas ao redor dos olhos, além de explicar quando o olho roxo é um alerta para procurar um oftalmologista. Confira!
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Manchas roxas ao redor dos olhos: quais são as causas, sintomas e tratamentos?
Hematomas: uma das causas mais comuns para o aparecimento de roxo embaixo do olho. Após um golpe ou pancada, o sangue flui para a região atingida, causando inchaços e tornando-se mais aparente sob as pálpebras, o que confere a aparência escurecida.
Trata-se de um problema sem gravidade, uma vez que a manchas costumam desaparecer naturalmente após alguns dias, sem a necessidade de tratamentos específicos.
Caso seja necessário, porém, logo após o impacto é possível aplicar de compressas frias para deter o sangramento. Já depois de 24 a 48 horas, recomenda-se compressas quentes, para estimular a absorção do sangue acumulado pelo organismo.
Para acelerar o processo de remissão do arroxeamento, o paciente também pode lançar mão de outros tratamentos naturais, como aplicação loções à base de arnica, planta conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias – não à toa costuma ser recomendada como tratamento pré-operatório em muitos tipos de cirurgias.
Hemorragia subconjutival: conjuntiva, que é a membrana que recobre a parte da frente do olho, é repleta de minúsculos vasos sanguíneos, que podem romper-se com facilidade.
Nesse sentido, a hemorragia subconjuntival nada mais é do que pequenos acúmulos de sangue na conjuntiva decorrentes do rompimento desses pequenos capilares.
Geralmente, ela acontece como consequência de pequenos traumas no olho, resultantes de atos simples, como realizar esforço, curvar-se para frente ou até mesmo espirrar e tossir.
Como consequência dessa pequena hemorragia, surgem pequenas manchas avermelhadas na parte branca dos olhos, chamada de esclera. Com frequência, essa condição também pode vir acompanhada de olho roxo.
Vale ressaltar, porém, que trata-se de um problema de menor gravidade, que não causa dor e não afeta a visão do paciente.
A hemorragia subconjuntival desaparece sem necessidade de tratamento em cerca de 2 semanas.
Celulite: a celulite é uma infecção bacteriana que acomete a região dos olhos, afetando pálpebras, sobrancelhas e maçãs do rosto. Ela pode ser dividida em celulite orbital e periorbital, dependendo da parte que é atingida.
Como consequência do combate do organismo à infecção, os pacientes frequentemente enfrentam inchaço agudo e vermelhidão ao redor dos olhos, além de febre, aumento da pressão ocular, dores de cabeça e visão turva.
Ao contrário das anteriores, esta é uma condição grave e emergencial, uma vez que, se não for adequadamente tratada, pode levar à cegueira e desencadear complicações mais graves, como meningite e abcesso cerebral.
O diagnóstico é feito por meio de exames médicos, como cultura de bactérias, e também análise dos sintomas apresentados pelo paciente.
O tratamento, por sua vez, deve ser imediato, com o uso de antibióticos e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica para aliviar a pressão ocular e drenar abscessos.
Olhos de Guaxinin: a equimose periorbital, popularmente conhecida como olhos de guaxinim, é uma condição caracterizada pela presença de grandes manchas roxas ao redor dos olhos, causadas por sangramentos internos na face.
Os olhos de guaxinim geralmente são a manifestação de uma condição grave e que deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes.
Dentre as principais causas estão fraturas no crânio ou na face, além de complicações decorrentes de rinoplastia ou até mesmo do acúmulo de amilóide, uma proteína que enfraquece os vasos sanguíneos.
Quando não identificada e tratada, a equimose periorbital pode levar a quadros graves, como meningite, paralisia facial, aneurismas e sangramento cerebral.
Além da característica mancha roxa ao redor dos olhos, outros sintomas comuns são: inchaço nas pálpebras, hemorragia subconjuntival, visão turva, entre outros.
O diagnóstico é feito com o auxílio de exames de imagem e o tratamento é focado na causa do sangramento, o que faz com que as manchas regridam naturalmente.
Hifema: é uma condição caracterizada por uma hemorragia interna no olho, causada, sobretudo, por traumas oculares que causam o rompimento dos vasos sanguíneos, como impactos e perfurações.
Embora não seja tão grave quanto outras condições que apresentamos, o hifema pode, de fato, levar à cegueira – seja por conta do trauma em si, que pode prejudicar as estruturas oculares, quanto por complicações, como inflamações e infecções.
Os sintomas são relativamente fáceis de serem identificados, uma vez que, por conta do trauma, o paciente apresenta dor aguda e desconforto, vermelhidão, aumento da pressão ocular e dificuldades em enxergar. Frequentemente, pode surgir manchas roxas embaixo dos olhos.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados e na avaliação clínica do olho do paciente. A partir daí, o tratamento consiste na aplicação de pomadas antibióticas e anti-inflamatórias, bem como de hipotensores oculares.
Em casos mais graves em que haja sangramento, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para a retirada de coágulos e para lavagem dos olhos.
Olheiras: a causa mais comum e menos grave para o aparecimento de mancha roxa ao redor dos olhos é a olheira.
Como comentamos, a região dos olhos é repleta de vasos sanguíneos e a pele é muito fina, com uma espessura média cerca de quatro vezes menor do que em outras partes do corpo.
Isso faz com que os vasos sanguíneos mais superficiais presentes ao redor dos olhos se tornem facilmente visíveis, o que confere a aparência escura das olheiras.
Outras causas comuns para o aparecimento de olheiras são o envelhecimento natural do nosso corpo – o que torna a pele ainda menos espessa e reduz sua capacidade de regeneração – e a chamada hiperpigmentação periorbital, condição que se caracteriza pela produção excessiva de melanina aos redor dos olhos.
Por fim, há o fator cansaço. Quando estamos cansados, o organismo, tentando manter os níveis de energia, aumenta a produção de um hormônio chamado cortisol.
Essa substância aumenta o volume de sangue no corpo, o que, por consequência, faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e se tornem ainda mais visíveis sob a pele.
Os tratamentos para olheiras vão desde soluções caseiras a até mesmo intervenções clínicas e cirúrgicas.
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Olhos roxos: é preciso procurar ajuda médica?
Se além do olho roxo, você identificar algum dos sintomas abaixo, a recomendação é procurar um oftalmologista para que ele avalie a gravidade do quadro e a necessidade ou não de tratamento específico:
- Sangue nos olhos;
- Vazamento de sangue nos ouvidos ou nariz;
- Desmaios, tonturas, vômitos ou perda de consciência;
- Alterações na visão, como embaçamento, perda de visão ou visão dupla, flashes ou flutuadores;
- Dores e inchaços excessivos na região dos olhos;
- Sintomas de infecção, como pus, vermelhidão e febre.
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