Como controlar a pressão intraocular?

Imagem de um olho humano para capa do conteúdo de pressão intraocular

A alteração não deve ser confundida com o glaucoma, apesar de se tratar de um dos sintomas dessa doença. É possível controlar a pressão intraocular com medicamentos e colírios, mas em alguns casos é necessária cirurgia.

A pressão intraocular (PIO) é uma forma de mensurar a capacidade de circulação do humor aquoso, líquido composto por água e sais diluídos, responsável por manter a transparência e a saúde dos olhos.

Também chamada de hipertensão intraocular, a pressão alta nos olhos ocorre quando há acúmulo de líquido dentro do olho — e é mais comum do que se imagina. Ela está associada ao glaucoma, que pode levar à perda total da visão após danos no nervo óptico.

Essa condição pode ocorrer devido à produção exagerada de humor aquoso no olho ou à dificuldade de drenagem desse líquido. Uma pressão intraocular saudável deve estar entre 10 e 21 milímetros de hectograma.

Estima-se que quase 10% das pessoas com mais de 40 anos tenham alta pressão nos olhos, mas a alteração pode atingir inclusive adultos mais jovens, adolescentes e crianças.

Reunimos neste texto o que é pressão intraocular, as principais características desse quadro, como é realizado o seu diagnóstico e o seu tratamento e o que você precisa fazer para controlá-la.

Oftalmologista segurando maquete de um olho

Diferenças para o glaucoma

É comum que as pessoas confundam o aumento da pressão intraocular com o glaucoma. Porém, um quadro de hipertensão intraocular é diagnosticado quando a pressão interna dos olhos ultrapassa 21 mmHg. Essa é apenas uma condição do glaucoma.

É possível, portanto, desenvolver hipertensão intraocular sem desenvolver o glaucoma, ao mesmo tempo em que é possível ter glaucoma com a pressão intraocular controlada.

Causas da Pressão Intraocular Aumentada

A elevação da pressão intraocular é causada pelo acúmulo de humor aquoso dentro do olho. Inúmeros fatores — como o uso prolongado de prednisona ou dexametasona — podem levar a esse cenário de desequilíbrio entre produção e eliminação de líquido.

Outros fatores são a produção em excesso de líquido aquoso, a obstrução da drenagem dos olhos, algum tipo de trauma causado por pancada ou machucado, a realização de alguma cirurgia (principalmente a de catarata) e o histórico familiar de glaucoma.

Sintomas da hipertensão intraocular

Detalhe de um olho avermelhado

Nem sempre um quadro de hipertensão intraocular apresenta sintomas. Muitas vezes, é preciso realizar um exame oftalmológico para identificá-lo.

Há, no entanto, indícios que podem significar pressão intraocular elevada:

  • redução da vista periférica;
  • dores de cabeça e nos olhos;
  • vermelhidão nos olhos;
  • dificuldades para enxergar;
  • pupilas aumentadas;
  • vômitos e náuseas;
  • fotofobia;
  • visão embaçada ou turva.

Caso você identifique qualquer um dos sintomas listados acima, busque imediatamente um oftalmologista de confiança. Pode ser que os sintomas não sejam em decorrência da hipertensão intraocular, mas de toda forma eles indicam algo que deve ser tratado.

Se, por outro lado, ao consultar um especialista você descobrir que está com a pressão intraocular elevada, o ideal é que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível. Isso permite mitigar complicações decorrentes do problema e facilita o processo de recuperação.

Riscos da pressão alta nos olhos

Apesar de o glaucoma ser mais frequente em maiores de 40 anos, pessoas com histórico familiar da doença, diabéticos, hipertensos ou quem sofreu algum tipo de trauma nos olhos, a hipertensão intraocular pode acometer qualquer um.

A pressão elevada nos olhos pode danificar o nervo óptico, atingindo nossa capacidade de enxergar e podendo evoluir até quadros de cegueira, tanto em indivíduos mais velhos quanto em jovens.

Como é feito o diagnóstico

Pessoa realizando exame oftalmológico em equipamento

Além do histórico clínico, uma variedade de exames pode ajudar no diagnóstico de hipertensão intraocular.

A acuidade visual (exame tradicional da capacidade de enxergar), a biomicroscopia (ou exame com lâmpada de fenda), a tonometria, a oftalmoscopia, o teste do campo visual e também a paquimetria ultrassônica óptica estão entre eles.

Há ainda a gonioscopia, um exame solicitado quando existe a suspeita de glaucoma, que analisa a drenagem e a estrutura dos olhos.

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Qual é o tratamento indicado

O tratamento deve ser sempre acompanhado por um médico oftalmologista. Em geral, é feito com o uso de colírios que têm como objetivo controlar a pressão dentro do olho.

Leia mais: 7 tipos de colírio: quais são e para o que servem? – Clínica Oftalmológica no Rio de Janeiro

Em alguns casos, porém, é necessária a intervenção cirúrgica, por vezes via laser. Oftalmologistas sugerem o laser seletivo trabeculoplasty (SLT) ou o laser de argônio trabeculoplasty (ALT) para reduzir a pressão intraocular.

Como controlar a pressão intraocular

Apesar de um quadro de glaucoma não ter cura, a pressão intraocular pode ser diminuída com a ajuda de colírios e medicações. Hábitos saudáveis também são imprescindíveis para prevenir hipertensão nos olhos.

Leia mais: Hábitos que fazem mal à vista: confira nossa lista e cuida sua saúde ocular

Controlar o estresse, consumir alimentos balanceados e evitar o consumo excessivo de álcool auxiliam bastante nesse controle.

É muito importante realizar exames periódicos com o oftalmologista e fazer o acompanhamento de quaisquer alterações na vista ou na região dos olhos. A COI Oftalmologia possui corpo clínico especializado pronto para atender às suas necessidades.

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Dr. Ricardo Filippo

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Dr. Ricardo Filippo é especialista em oftalmologia e produz conteúdos sobre saúde ocular.
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