Não somente problemas oculares podem ser identificados com este exame, mas também indícios de doenças como hipertensão, diabetes e alterações metabólicas.
Responsável por transformar os estímulos luminosos que recebemos em estímulos nervosos, a retina está localizada na parte posterior dos nossos olhos. Na região, é possível examinar as veias, artérias e nervos através dos meios transparentes do olho.
Para esse exame damos o nome de fundoscopia, oftalmoscopia, ou simplesmente exame de fundo de olho. Com ele, é possível diagnosticar não somente alterações locais, como também outros aspectos da saúde de uma pessoa.
O exame de fundo de olho foi realizado pela primeira vez em 1851, quando o alemão Hermann Von Helmholtz inventou o oftalmoscópio, aparelho que permite verificar a saúde da retina e do humor vítreo (líquido incolor responsável pela transparência do olho).
Desde então, a técnica tem permitido principalmente o diagnóstico de alterações como o glaucoma e auxiliado no controle de diabetes, hipertensão e até aterosclerose (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias).
O exame não é invasivo e leva aproximadamente 10 minutos para ser feito. Entenda neste texto o que é a fundoscopia, quem deve fazê-la, para que serve o exame de fundo de olho e quais doenças ele pode diagnosticar:
Tipos de fundoscopia
São realizados dois tipos de fundoscopia. Na fundoscopia direta, é possível obter uma imagem quinze vezes maior, mas com restrito campo de visão. Ela pode ser realizada por um clínico geral.
Já a indireta é feita por um oftalmologista especialista em retina e vítreo e é mais complexa, proporcionando uma imagem menor, mas com ampla visualização da retina.
Para que serve o exame de fundo de olho
Como o próprio nome diz, esse exame avalia o fundo dos olhos, mais especificamente a retina e as demais estruturas internas, como as veias, artérias, nervos, vasos sanguíneos e a mácula (localizada no centro da retina).
Leia mais: O que é mapeamento de retina? – Clínica Oftalmológica no Rio de Janeiro
O exame é bastante ligado à prática da clínica médica e, por isso, utilizado por clínicos gerais para diagnósticos e acompanhamentos de uma variedade de doenças sistêmicas, degenerativas, metabólicas, inflamatórias e infecciosas.
Como funciona o exame
O médico utiliza um aparelho chamado oftalmoscópio, que projeta um ponto de luz dentro do olho. A partir do reflexo dessa luz na retina, é possível ver as estruturas internas dos olhos.
Como a pupila (o ponto preto no meio da íris) se fecha em um ambiente claro (para não permitir a passagem da luz em excesso), é preciso dilatá-la, para que ela se comporte como se estivesse em um ambiente escuro.
Isso acontece porque dentro do olho é bastante escuro e, para fazer o exame, é necessário projetar luz nele. Sob o efeito do colírio, que age em cerca de 20 minutos, a pupila não bloqueia a passagem da luz e o examinador consegue enxergar com clareza.
A oftalmoscopia indireta pode ser realizada com um capacete de Skepens e uma lente 20D.
Quem pode fazer
Indivíduos de todas as idades, desde bebês cujas mães sofreram infecções na gravidez até idosos, nos quais o exame pode ajudar na detecção de alterações ligadas à idade, podem fazer o exame de fundo de olho com frequência.
No entanto, ele é recomendado principalmente a maiores de 40 anos e a quem possui problemas oculares ou doenças como pressão alta e diabetes. O médico irá fazer uma avaliação para determinar a periodicidade.
Quais doenças são diagnosticadas
Em recém-nascidos nos quais as mães tiveram algum tipo de infecção durante a gestação, a oftalmoscopia pode detectar tumores como retinoblastoma e infecções como a rubéola, a toxoplasmose, a sífilis e o citomegalovírus.
O exame ainda pode identificar a retinopatia da prematuridade, que é uma condição dos vasos da retina que pode levar a criança à cegueira.
Em indivíduos mais velhos, a fundoscopia ajuda a identificar o glaucoma, degenerações causadas pelo envelhecimento (drusas), hipertensão arterial, alterações da diabetes, hipertensão e hemorragia intracranianas e até câncer nos olhos.
Leia mais: O que é retinopatia diabética?
Cuidados antes e depois do exame
Como visto acima, o exame de fundo de olho é uma maneira prática, indolor, não invasiva e fácil de verificar a situação clínica de vários órgãos e fonte de informação sobre diversas alterações no organismo.
É recomendável, ainda, que o paciente que for realizá-lo esteja acompanhado durante o exame, pois depois dele a visão poderá ficar turva e sensível à luz por algum tempo, em decorrência da pupila dilatada. A dilatação pode permanecer por 4 a 24 horas.
Agora que você já sabe o que é fundoscopia e como funciona esse exame, não deixe de consultar o oftalmologista com frequência para identificar quaisquer tipos de alterações, sejam elas oculares ou não.
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