Algumas pessoas percebem que têm um problema de visão, mas a diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo nem sempre é fácil de identificar, sem uma avaliação oftalmológica profissional. Isso porque os sintomas podem se confundir ou até se sobrepor, especialmente quando mais de uma condição está presente.
Compreender a diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo é essencial, pois enxergar com nitidez auxilia na realização das atividades do dia a dia, seja na escola, no trabalho ou mesmo em momentos de lazer.
No Brasil, muitas pessoas enfrentam dificuldades visuais, sem saber exatamente a causa do problema, já que os distúrbios refrativos são doenças oculares comuns, atrapalhando ver de perto, de longe e com nitidez.
Embora compartilhem alguns sintomas, cada distúrbio apresenta características específicas que influenciam como os olhos percebem o mundo ao redor.
Neste texto, você vai entender melhor o que diferencia essas condições, como elas afetam a visão e por que uma avaliação oftalmológica é fundamental para o diagnóstico correto e o tratamento adequado.
O que é miopia?
A miopia é um erro refrativo que dificulta a capacidade de enxergar objetos distantes com clareza. Ou seja, pessoas míopes podem ver com nitidez objetos próximos, mas têm dificuldade em focalizar corretamente objetos mais distantes.
Geralmente, quanto mais longe o objeto, maior será a dificuldade para focalizar a imagem. Esse tipo de erro refrativo é causado por uma alteração no formato do globo ocular, que se torna mais alongado do que o normal.
Os primeiros sintomas surgem na infância e podem incluir visão embaçada, dificuldade para ler placas ou assistir vídeos. Além disso, o grau tende a aumentar com o passar do tempo, estabilizando-se por volta dos 30 anos.
Nos últimos anos, o uso excessivo de telas de smartphones, computadores e tablets tem sido apontado como responsável pelo surgimento ou agravamento do problema.
O que é hipermetropia?
A hipermetropia é um erro refrativo que dificulta a capacidade de enxergar objetos próximos. Desse modo, quem tem a condição pode ver com nitidez objetos distantes, mas tem dificuldade para focar corretamente em objetos próximos.
Esse problema ocorre quando o formato do globo ocular é muito curto, se tornando mais achatado, ou quando a córnea é mais plana que o normal.
Isso faz com que a imagem de um objeto próximo seja focada na parte de trás da retina, prejudicando a visão para perto com nitidez.
O problema acontece porque o cristalino se acomoda de modo a compensar possíveis distorções quando o grau não é muito elevado.
No entanto, com o processo de envelhecimento natural, essa capacidade de acomodação diminui e o paciente passa a ter dificuldades para enxergar também à distância, um fenômeno conhecido como presbiopia ou “vista cansada”.
O que é astigmatismo?
O astigmatismo é um tipo de erro refrativo que surge devido a uma irregularidade na forma da córnea ou do cristalino do olho. Em um olho saudável, essas estruturas apresentam uma curvatura suave e uniforme, possibilitando o foco preciso da luz na retina.
No entanto, a irregularidade associada ao astigmatismo dificulta a conversão correta dos raios de luz, criando mais de um ponto focal, formados antes ou depois da retina.
Como consequência, a pessoa passa a ter dificuldade para enxergar tanto objetos próximos quanto distantes.
Vale lembrar que, geralmente, o astigmatismo está relacionado a fatores genéticos, ou seja, ao histórico familiar dessa condição. Além desse fator, esse tipo de erro de refração também está associado a traumas oculares ao longo da vida.
Qual a diferença entre miopia hipermetropia e astigmatismo?
A diferença entre miopia e hipermetropia está na distância na qual a visão é prejudicada. Quem tem miopia enxerga bem de perto, mas tem dificuldade para ver de longe.
Por outro lado, a hipermetropia causa dificuldade para enxergar de perto, assim, as pessoas com a doença costumam enxergar bem à distância, mas sentem desconforto visual ao ler ou realizar tarefas próximas.
O astigmatismo se diferencia das duas por afetar a visão em todas as distâncias. Ele é causado por uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino, que faz com que a luz se disperse em vários pontos da retina, gerando uma visão distorcida ou embaçada, tanto de perto quanto de longe.
É possível ter mais de uma deficiência ao mesmo tempo?
Sim, é possível ter mais de um problema de refração ao mesmo tempo. Muitas pessoas, por exemplo, têm miopia e astigmatismo ou hipermetropia e astigmatismo combinados.
Isso acontece porque cada condição está relacionada a um tipo diferente de alteração na estrutura do olho, e quando essas alterações ocorrem juntas, os sintomas também se somam.
Desse modo, uma pessoa pode ter dificuldade para enxergar de longe, ver imagens distorcidas e ainda sentir desconforto para tarefas de perto, dependendo da combinação.
Qual é mais grave, hipermetropia ou miopia?
Não se pode dizer que a miopia ou a hipermetropia seja, por si só, mais grave. A gravidade depende de diversos fatores, como o grau do problema, a idade da pessoa, o estilo de vida e a evolução da condição ao longo do tempo.
A miopia tende a piorar progressivamente, especialmente durante a infância e a adolescência. Em casos de miopia alta (acima de -6 graus), há um risco maior de complicações, como descolamento de retina, glaucoma e degeneração da mácula.
Além disso, ela pode impactar bastante o dia a dia, dificultando ver de longe, como ao dirigir, assistir aulas ou ler placas e sinais.
A hipermetropia, por outro lado, muitas vezes passa despercebida em graus baixos, especialmente na infância, porque o olho consegue compensar o foco com esforço.
No entanto, com o tempo, essa compensação causa sintomas como fadiga ocular, dor de cabeça e visão embaçada para perto, principalmente em adultos.
Em crianças, a hipermetropia alta pode levar a estrabismo ou até ambliopia (também chamada de “olho preguiçoso”) se não for corrigida a tempo.
Quando procurar ajuda de um oftalmologista?
Você deve procurar um oftalmologista sempre que perceber algo diferente na sua visão ou quando for hora de fazer uma avaliação de rotina.
Mesmo que não haja sintomas evidentes, é importante cuidar da saúde dos olhos com regularidade. Veja alguns casos em que a consulta é recomendada:
- Visão embaçada, seja de longe, de perto ou nas duas situações;
- Dores de cabeça frequentes, especialmente ao ler ou usar telas;
- Dificuldade para enxergar à noite ou com pouca luz;
- Olhos lacrimejando e coçando constantemente;
- Sensação de areia nos olhos, ardência e secura;
- Mudanças repentinas na visão, como manchas, flashes de luz ou perda parcial;
- Dificuldade para focar ou fadiga visual após esforço prolongado;
- Olhos vermelhos persistentes ou com secreção;
- Em crianças: dificuldade para enxergar a lousa, aproximar muito os olhos de livros ou telas, estrabismo (desvio nos olhos), entre outros sinais.
Compreender a diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo é fundamental para identificar os tipos de problemas de visão e buscar o tratamento para correção visual adequada.
Embora cada uma dessas condições tenha causas e características distintas, todas elas podem impactar significativamente a qualidade de vida se não forem diagnosticadas e corrigidas a tempo.Cuide da sua visão com quem entende do assunto! Na COI (Clínica de Oftalmologia Integrada), você encontra tecnologia de ponta e especialistas preparados para diagnosticar e tratar problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
