O pterígio em bebês é um problema ocular raro, que pode prejudicar a aparência e a visão da criança. Essa condição pode ser diagnosticada e tratada com orientação do oftalmologista. Saiba como!
Popularmente conhecido como “carne nos olhos” ou “carne crescida”, o pterígio é um problema ocular que altera a estética do olho e pode prejudicar a visão.
Essa condição é mais comum em adultos entre 30 e 50 anos de idade. No entanto, embora seja mais raro, é possível diagnosticar pterígio em bebês e crianças de todas as idades.
Por esse motivo, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos sintomas dessa condição ocular e adotar as medidas necessárias para evitar seu desenvolvimento.
Neste artigo, explicaremos como esse problema ocular se manifesta em bebês e crianças, quais seus sintomas, como tratar e o que fazer para proteger a saúde dos olhos dos pequenos.
O que é pterígio?
O pterígio é uma condição ocular caracterizada pelo crescimento anormal de um tecido fibromuscular esbranquiçado na conjuntiva, uma membrana transparente que recobre a parte branca do olho, também chamada de esclera.
Normalmente, esse tecido surge no canto interno do olho, próximo ao nariz, e cresce gradualmente em direção à pupila. Em muitos casos, o pterígio surge nos dois olhos ao mesmo tempo.
Embora seja fino, esse tecido tem um formato triangular e pode prejudicar a visão dos seus portadores. Os sintomas podem incluir vermelhidão, irritação, sensação de corpo estranho no olho, visão turva, entre outros.
Em estágios mais avançados, o pterígio pode alcançar e cobrir toda a pupila, impedindo a pessoa de enxergar com o olho afetado.
A evolução desse problema ocular geralmente é bem lenta, podendo levar meses ou anos para ser notada. Inicialmente, o tecido fibromuscular é pequeno e transparente, o que dificulta sua identificação.
Com o tempo, ele vai se tornando mais espesso e com vasos sanguíneos mais visíveis, se destacando em relação ao branco da esclera.
Como o pterígio se manifesta em bebês e crianças?
O pterígio é uma condição mais comum em adultos, especialmente em pessoas que passam muito tempo ao ar livre, expostas ao sol e ao vento. No entanto, embora seja mais raro, essa condição ocular também pode ser diagnosticada em bebês e crianças.
Nesses casos, o pterígio pode se manifestar de maneira semelhante aos adultos. Ou seja, nas crianças, a condição também é caracterizada pelo crescimento anormal do fibromuscular esbranquiçado na conjuntiva.
Quais os fatores de risco associados ao pterígio em bebês?
As causas do pterígio ainda são desconhecidas. No entanto, pessoas diagnosticadas com esse problema ocular costumam apresentar algumas características em comum.
Essas características sinalizam a existência de alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolvimento de pterígio em bebês, crianças e adultos.
Confira abaixo quais são esses fatores e por que eles devem ser evitados:
Exposição solar
A exposição excessiva à luz solar é o principal fator de risco para o pterígio. O risco pode ser maior em regiões com alta radiação ultravioleta.
Por isso, bebês e crianças que vivem em áreas com alta temperatura e exposição solar, como regiões litorâneas e cidades com clima seco, têm mais chance de desenvolver essa condição ocular.
Exposição a agentes irritantes
O vento, a poeira e a poluição são agentes que podem causar a irritação dos olhos. Por esse motivo, bebês e crianças expostos com frequência a ambientes empoeirados, poluídos ou sob a ação de ventania, correm mais risco de desenvolver pterígio.
Histórico familiar
Embora a influência genética no desenvolvimento do pterígio não seja totalmente compreendida, acredita-se que essa condição ocular possa ser hereditária. Isso significa que se os pais ou outros familiares da criança tiveram pterígio, o pequeno tem um risco maior de desenvolver a condição.
Ressecamento ocular
O ressecamento ocular está associado à síndrome do olho seco e pode causar irritação da conjuntiva. Por isso, bebês e crianças que sofrem com o olho seco podem desenvolver esse problema.
É importante lembrar que o pterígio é uma condição relativamente rara nos pequenos. Sendo assim, a maioria dos bebês e crianças que estão expostos a fatores de risco acima não desenvolverá pterígio.
Mesmo assim, é importante ter cuidado ao expor os filhos a essas condições, evitando a exposição frequente e investindo em acessórios de proteção ocular, como óculos de sol, boné e chapéu.
Quais os sintomas do pterígio em bebês e crianças?
Os sintomas do pterígio em bebês e crianças são semelhantes aos sinais dessa condição em adultos. Isso significa que os pequenos que desenvolvem essa condição ocular podem apresentar sintomas como:
- Vermelhidão ocular;
- Coceira nos olhos;
- Comportamento de esfregar os olhos;
- Lacrimejamento;
- Ardência nos olhos em ambientes secos, ensolarados ou empoeirados;
- Sensação de corpo estranho;
- Dificuldade para a enxergar;
- Astigmatismo, apenas em casos avançados.
Vale lembrar que o pterígio pode ser difícil de identificar em bebês e crianças. Afinal, os pequenos podem ter dificuldade para expressar o que sentem. Além disso, essa condição ocular pode ser assintomática no início do seu desenvolvimento.
Sendo assim, a recomendação é que os pais e responsáveis fiquem atentos a qualquer alteração na visão, na aparência dos olhos e até no comportamento das crianças.
Caso algum problema seja identificado ou se os pais estiverem preocupados em relação à saúde dos olhos de seus filhos, é essencial procurar um oftalmologista pediátrico para que a criança seja avaliada.
Como é o diagnóstico do pterígio em bebês?
O ideal é que o diagnóstico do pterígio em bebês e crianças seja realizado por um oftalmologista pediátrico, médico especializado em questões relacionadas à visão e saúde ocular de crianças.
Esse diagnóstico é basicamente clínico. Ou seja, o oftalmologista examinará os sintomas e os olhos da criança visualmente para observar qualquer crescimento anormal na sua superfície ocular.
Durante essa avaliação, o médico pode fazer o exame da lâmpada de fenda para analisar as estruturas oculares, incluindo a córnea e a conjuntiva, onde o pterígio geralmente se desenvolve.
Essa avaliação clínica é ainda mais importante nos estágios iniciais do pterígio, já que ele pode ser confundido com pinguécula.
Em alguns casos, o médico também pode realizar solicitar testes adicionais para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes ao pterígio, como infecções e problemas na córnea.
Caso o pterígio seja diagnosticado na criança, o oftalmologista discutirá as opções de tratamento com os seus pais.
Quais os tratamentos disponíveis para o pterígio em bebês?
O tratamento do pterígio em crianças é semelhante ao indicado aos adultos e depende da gravidade dos sintomas e do impacto na saúde ocular dos pequenos.
Em casos mais leves, o oftalmologista pode optar por apenas monitorar o quadro clínico da criança ao longo do tempo para garantir que não haja progressão significativa ou impacto na sua visão. Ou seja, nada precisa ser feito, sendo que o crescimento do pterígio afeta apenas a aparência da criança.
No entanto, se o paciente apresentar sintomas do pterígio, o médico pode recomendar a aplicação de lágrimas artificiais ou colírios lubrificantes e anti-inflamatórios.
Em casos mais graves, o médico pode recomendar a realização de cirurgia de pterígio. Geralmente, o procedimento é indicado para casos em que os sintomas persistem e até pioram mesmo após o uso de medicação.
Atualmente, esse procedimento é considerado o tratamento mais eficaz para essa condição ocular e envolve a remoção do pterígio e o fechamento da área com um enxerto de tecido. Trata-se de um procedimento simples, realizado em ambulatório médico.
Após a cirurgia, o oftalmologista pode recomendar a aplicação de colírios ou pomadas oftálmicas à base de antibióticos e anti-inflamatórios.
Seja qual for o tratamento indicado, bebês e crianças devem continuar fazendo acompanhamento oftalmológico, uma vez que existe o risco de recorrência do pterígio.
Como prevenir o pterígio em bebês e crianças?
O pterígio é um problema ocular que não pode ser completamente evitável, já que fatores genéticos podem estar relacionados ao seu desenvolvimento. Contudo, os pais e responsáveis podem adotar algumas medidas para reduzir o risco de desenvolvimento do pterígio em bebês e crianças.
A principal recomendação para prevenir esse problema é evitar expor a criança a ambientes ensolarados durante os horários de pico de radiação ultravioleta. Ou seja, o ideal é que essa exposição ocorra nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde.
Além disso, é importante que a criança use óculos de sol com proteção contra raios UV quando estiver ao ar livre. O uso desses óculos pode ser combinado com outros acessórios de proteção, como bonés e chapéus com abas largas.
Outra recomendação importante é evitar ambientes muito secos, poluídos e empoeirados sempre que possível. Dessa forma, a criança fica mais protegida contra agentes que causam irritação nos olhos.
Vale lembrar que crianças de todas as idades também precisam fazer consultas regulares no oftalmologista. Isso é fundamental para monitorar sua saúde ocular da criança e fazer a detecção precoce de qualquer problema que afete sua visão.
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