O que é Catarata: Sintomas, Causas, Tipos e Tratamento

catarata

A catarata é uma doença que deixa o cristalino do olho opaco, prejudicando a visão. Ela é comum em pessoas idosas, mas pode ocorrer em qualquer idade, impedindo que as atividades cotidianas sejam realizadas e progredindo rapidamente, até causar cegueira. 

Para entender plenamente o que é catarata, primeiro você precisa saber que essa é uma doença ocular comum e perigosa que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca de 65,2 milhões de pessoas no mundo

Apesar de ser comum em pessoas idosas, essa é uma doença ocular que acomete pessoas de todas as idades, principalmente quando existem comorbidades associadas, como pressão alta e diabete, por exemplo.

Se você quer saber mais sobre o que é catarata, suas causas e as formas de tratamento desse problema, confira as informações que selecionamos abaixo e saiba como cuidar melhor da saúde ocular!

O que é catarata e o que ela causa?

A catarata é uma doença que atinge o cristalino do olho — uma pequena lente natural da visão — e sua ocorrência é muito comum em pessoas idosas, devido à perda de elasticidade do cristalino, mas também pode afetar jovens e crianças.

A catarata deixa o cristalino opaco, impedindo que a luz passe corretamente. Basicamente, a nitidez das imagens fica prejudicada e tudo começa ficar esbranquiçado, amarelado, turvo ou embaçado.

Sua opacidade pode ser adquirida de forma congênita (mais rara), por traumas ou uso de medicamentos e por conta da idade da pessoa — comumente em pessoas com mais de 60 anos.

A única maneira de remover a catarata é com a cirurgia de catarata, indicada pelo oftalmologista, quando o embaçamento na visão começa a impedir o paciente de fazer as coisas que quer ou precisa fazer.

Para realizar a cirurgia com segurança, você precisa de uma clínica especializada, com profissionais capacitados, como é o caso da COI, nossa Clínica de Oftalmologia de Campo Grande – RJ.

Como é a visão de quem tem catarata?

A definição de catarata é uma lente turva no olho, independentemente da causa. Isso significa que sua visão será como olhar pelo para-brisa de um carro embaçado ou empoeirado. As coisas parecem nebulosas ou menos coloridas.

Quais as causas da catarata?

A causa mais comum da catarata é o fator envelhecimento. Após uma certa idade, o cristalino vai dando sinais de senilidade. É o que se chama de catarata senil. Contudo, existem outros fatores. É preciso laudo médico para diagnosticar.

Veja os principais fatores causadores dessa doença:

  • Histórico familiar;
  • Diabete;
  • Envelhecimento;
  • Exposição excessiva aos raios UV;
  • Lesões e traumas oculares;
  • Uso de medicamentos esteróides;
  • Realização de raio-X com frequência ou exposição ao tratamento de radioterapia;
  • Presença de outras doenças do olho, como glaucoma e descolamento de retina.
  • Em alguns casos, a pessoa pode nascer com essa condição (chamada de catarata congênita). 

Tipos de Catarata 

A lente natural dos nossos olhos chama-se cristalino e pode se tornar opaca, prejudicando a visão. 

Isso pode ocorrer no centro da lente (chamada de catarata nuclear), nas extremidades (apelidada de catarata cortical) ou até posteriormente (denominada de catarata subcapsular posterior).

Além disso, existem diferentes variações dos tipos de catarata, conforme o agente causador do problema. São elas:

Catarata congênita

Como já dissemos, a catarata não é uma exclusividade dos mais idosos. Ela pode atingir pessoas de todas as idades, até mesmo recém-nascidos: essa é a catarata congênita, que pode surgir no nascimento ou se formar durante o primeiro ano de vida do bebê. 

Geralmente, ocorre quando a mãe é portadora de uma infecção — como sífilis, rubéola, toxoplasmose, dentre outras — ou faz uso de substâncias como álcool e drogas ilícitas durante a gestação.

Ela é mais incomum atualmente, devido ao maior acesso das mulheres gestantes ao pré-natal, mas pode ocorrer. Pode ser assintomática ou atrapalhar a visão do bebê e, como ele ainda não pode se expressar, torna o diagnóstico mais difícil. 

Por essa razão, é de extrema importância o exame oftalmológico do recém-nascido realizado por um médico oftalmologista.

Se seu filho apresenta sintomas, procure por profissionais especializados, capazes de atender ao público infantil, como os da COI.

Cataratas secundária, traumática e senil

O desenvolvimento da primeira é associado a algumas doenças como diabete e glaucoma. Esteroides também podem precipitar seu surgimento. 

A catarata traumática, como o nome diz, é causada por um trauma ou radiação, já a senil é causada pela idade e perda de elasticidade do cristalino. 

Para esse grupo de pacientes, os sintomas são parecidos — já que decorrem da lente turva:

  • Visão nublada, nebulosa, confusa ou com excesso de brilho, como lâmpadas ou sol;
  • Dificuldades para dirigir no período da noite pelo brilho dos faróis dos outros carros;
  • Mudanças frequentes na prescrição de óculos;
  • Visão dupla;
  • Dificuldade na execução de tarefas diárias;
  • Oscilação da visão de perto, apresentando melhorias, mas depois piorando novamente.

Você pode retardar o desenvolvimento de catarata: proteger os olhos da luz solar é a melhor maneira de fazer isso. Use óculos de sol que bloqueiem os raios de luz ultravioleta (UV) do sol. Você também pode usar óculos comuns que tenham um revestimento anti-UV transparente. 

Quais os sintomas da Catarata?

Os diferentes tipos de catarata apresentam sintomas distintos. Contudo, há alguns que são mais comuns, e que sinalizam o começo da doença no olho. Confira, a seguir:

  • Diminuição da clareza visual;
  • Dificuldade para enxergar;
  • Visão embaçada, nublada, esfumaçada, confusa e turva;
  • Visão dupla;
  • Dificuldade para ler, dirigir e andar;
  • Sensibilidade à luz;
  • Alteração das cores;
  • Mudanças rotineiras no grau dos óculos.

É importante lembrar que nem todos os pacientes sentem algo, portanto, o exame anual com um oftalmologista de confiança é primordial para todas as pessoas, em todas as idades.

Esses são os principais indícios e sintomas da catarata, que devem levar as pessoas a se preocuparem com a doença. Se você observar alguém que apresente algum desses sintomas, não hesite em avisá-lo sobre a necessidade de procurar um médico especializado! 

Se isso for feito nas fases iniciais, a taxa de sucesso no tratamento pode ser excelente e a visão é preservada por anos.

Como é feito o diagnóstico de catarata?

Ao perceber algum sintoma da doença, ou mesmo durante uma consulta de rotina com o médico oftalmologista, o profissional deve analisar o histórico do paciente e pode solicitar alguns exames mais específicos, que incluem:

Teste de acuidade visual

Esse exame avalia o grau de aptidão dos olhos para detectar a forma e o contorno dos objetos, ou seja, a nitidez com que as imagens são formadas. Por meio do teste de acuidade visual, o médico pode determinar se há alguma perda de visão nos olhos.

Nele, o paciente é colocado a mais ou menos 6 metros de distância de um gráfico contendo letras, números ou formas, que diminuem gradualmente de tamanho. Em seguida, o paciente deve dizer em voz alta o que enxerga, sendo cada olho examinado separadamente.

Exame da lâmpada de fenda

Uma lâmpada de fenda é um equipamento que permite ao oftalmologista avaliar detalhes da anatomia do globo ocular. Um feixe de luz fino e intenso é focado para dentro do olho do paciente. Com o auxílio de um microscópio, o médico analisa os aspectos físicos do olho para determinar se há alguma irregularidade.

O exame da lâmpada de fenda permite descobrir se existem problemas com as estruturas frontais do olho, que incluem a córnea, a íris, a pálpebra, a esclera, a conjuntiva e o cristalino.

Mapeamento de retina

Nesse exame — feito separadamente em cada olho —, um colírio especial é utilizado para dilatar a pupila. O médico, com o auxílio de um oftalmoscópio, analisa o fundo do olho e o cristalino em busca de sinais que possam indicar patologias da retina associadas ou não à catarata.

Tratamento para catarata

A única forma de tratamento, reconhecida atualmente, é a cirurgia de catarata, que consiste na substituição do cristalino por uma lente intraocular. Não há colírio nem medicamentos que curem a doença sem o paciente ser submetido à cirurgia.

A cirurgia de catarata é a mais realizada no mundo. A recuperação é bem simples, e praticamente não existe dor, apenas um leve incômodo ou desconforto depois do procedimento cirúrgico. A anestesia é local, aplicada por meio de um colírio, e o paciente submetido à cirurgia pode voltar para casa no mesmo dia do procedimento.

Quando o paciente opera, ele recebe uma lente intraocular, que tem o objetivo de zerar o grau do olho. Portanto, ele pode ficar independente dos óculos para longe.

Existem disponíveis no mercado lentes intraoculares bifocais que corrigem a visão de longe e de perto, e ainda há a opção da lente trifocal, que corrige a visão de perto, intermediária e de longe. Com uma lente multifocal interna, a pessoa tem uma visão para todas as distâncias, com o intuito de ficar independente dos óculos.

Elas são conhecidas como lentes intraoculares premium e, após a cirurgia, o paciente não precisa usar nem lentes de contato e nem óculos.

Existe o mito de que é preciso esperar a catarata piorar para depois operar, mas o ideal é operar quanto antes, logo que é feito o diagnóstico. Dessa forma, o resultado cirúrgico é melhor, a recuperação é mais rápida e a cirurgia é também tecnicamente mais simples se o paciente fizer na fase inicial do que na doença avançada.

Como é o passo a passo da cirurgia de catarata (facoemulsificação)?

A facoemulsificação é um dos procedimentos modernos mais utilizados para tratar a catarata. Ele consiste numa cirurgia que retira a lente danificada do olho e coloca em seu lugar uma artificial moderna e adaptável, para devolver a visão plena.

Essa cirurgia é muito rápida, com duração de 15 a 30 minutos, e o paciente pode voltar a sua vida normal em poucos dias. Assim, o passo a passo para fazer o procedimento é:

  • Exames e avaliação pré-operatórios: o oftalmologista faz exames detalhados dos olhos, incluindo a medida da curvatura da córnea e do comprimento do olho, para determinar a lente intraocular mais adequada;
  • Preparação: no dia da cirurgia, o paciente recebe colírios para dilatar as pupilas e um anestésico local (em forma de colírio) para adormecer os olhos. Desse modo, permanece acordado, mas não sente dor;
  • Início do procedimento: o cirurgião faz uma pequena incisão na córnea (de 2 a 3 mm) com um bisturi microscópico, para permitir a entrada dos instrumentos cirúrgicos no olho;
  • Capsulorrexe: a cápsula anterior do cristalino (camada externa do cristalino natural) é cuidadosamente aberta para dar acesso à catarata;
  • Facoemulsificação: um dispositivo ultrassônico é inserido na incisão e emite vibrações que fragmentam a catarata em pequenas partículas, ao mesmo tempo, as partículas são aspiradas pelo mesmo dispositivo;
  • Implante da Lente Intraocular (LIO): após a remoção do cristalino opaco, uma lente intraocular artificial (LIO) é inserida no olho, posicionada no mesmo local em que cristalino natural estava;
  • Fechamento da Incisão: a incisão é tão pequena que não é necessário sutura, pois a própria estrutura do olho se ajusta e fecha a abertura;
  • Pós-operatório: o paciente recebe um curativo ou uma proteção sobre o olho operado, e são prescritos colírios anti-inflamatórios e antibióticos para prevenir infecções.

Quais os principais benefícios de operar catarata?

Agora que você já sabe o que é catarata, vamos te dar ótimas notícias: a cirurgia vai te dar muitos benefícios e permitir que a sua vida volte ao normal. Nesse sentido, você desfrutará de:

  1. Maior autonomia para realizar as atividades diárias;
  2. Redução das chances de quedas e fraturas, já que devido à evolução da catarata o idoso tende a cair mais pela perda da visão;
  3. Redução das chances de depressão senil, pois se a pessoa começa a perder um dos sentidos, ela terá menor interação com o meio social;
  4. Aumento da expectativa de vida dos pacientes operados em 5 anos, segundo este estudo.

Quanto tempo leva para se recuperar da cirurgia de catarata?

O tempo de recuperação da cirurgia de catarata é relativamente rápido. Embora cada pessoa se cure de maneira diferente, muitos pacientes relatam uma visão drasticamente melhor nas primeiras 24 horas do procedimento.

Ainda assim, o processo de cicatrização precisa seguir seu curso e a visão pode flutuar levemente nas primeiras semanas antes de se estabilizar totalmente. Por isso, seu olho deve estar estruturalmente curado em aproximadamente um mês, mas é melhor permitir que seu médico determine quando a recuperação está completa.

Dias ou semanas após a cirurgia:

  • Você pode ter que usar colírio após a cirurgia. Certifique-se de seguir as instruções do seu médico para usar essas gotas;
  • Evite colocar água ou sabão diretamente nos olhos;
  • Não deve esfregar ou pressionar seu olho;
  • Você precisará usar um escudo protetor para os olhos quando dormir;
  • Seu oftalmologista conversará com você sobre o quão ativo você pode ser logo após a cirurgia. Ele ou ela dirá quando você pode se exercitar, dirigir ou fazer outras atividades com segurança novamente.

Quais são os riscos da cirurgia de catarata?

Como qualquer cirurgia, ela traz riscos de problemas ou complicações. Veja alguns deles:

  • Infecção ocular;
  • Sangramento no olho;
  • Inchaço contínuo da frente do olho ou dentro do olho;
  • Inchaço da retina (a camada nervosa na parte de trás do olho);
  • Deslocamento de retina (quando a retina se eleva da parte de trás do olho);
  • Danos a outras partes do olho;
  • Dor que não melhora com medicamentos de venda livre;
  • Visão embaçada;
  • Visão com halos, brilho e sombras escuras;
  • Perda de visão;
  • O implante da lente intraocular pode se deslocar, saindo da posição.

É importante destacar que a cirurgia de catarata não restaurará a visão perdida por outras condições oculares, como degeneração macular, glaucoma ou retinopatia diabética.

Seu oftalmologista da COI, ou aquele perto da sua região, conversará com você sobre os riscos e benefícios da cirurgia de catarata. Assim como, com relação aos custos do procedimento.

Custos da cirurgia de catarata

Os custos da cirurgia de catarata são geralmente cobertos pelo plano de saúde, caso o paciente possua um, mas ela também pode ser operada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) gratuitamente. 

Em ambos os casos será necessária recomendação médica e exames que comprovem o comprometimento da visão pela doença.

Se a fila do SUS estiver muito grande, você não tiver plano de saúde e precisar realizar o procedimento, pode reduzir e gerenciar o custo da cirurgia de catarata com alguns planos de pagamento disponíveis no consultório do seu médico. 

Veja se seu empregador oferece contas de gastos flexíveis que podem ajudar.

Outras opções para tratar a catarata, além da cirurgia

Infelizmente, as opções de tratamento para a catarata que não envolvem a cirurgia são limitadas. Além dela, não existe nenhum tratamento capaz de devolver a visão plena. Contudo, algumas medidas estão em estudo para aliviar os sintomas, sendo elas:

Terapias com luz ultravioleta e infravermelha

Esta ainda é uma pesquisa inicial, mas o uso de tecnologias com luz ultravioleta e infravermelha estão sendo desenvolvidas para diminuir o progresso da catarata.

A luz ultravioleta é considerada prejudicial ao cristalino do olho, já que a exposição prolongada a raios UV danifica as proteínas do cristalino, levando ao desenvolvimento da catarata. 

No entanto, existem estudos que exploram uma aplicada moderada, capaz de modificar as estruturas proteicas no cristalino e prevenir a formação de agregados proteicos que causam a opacificação do cristalino. 

Já a luz infravermelha é usada em várias áreas da medicina, para promover o aquecimento profundo dos tecidos e estimular processos de cura. 

Na pesquisa, a luz infravermelha é investigada porque acredita-se que ela possa promover a circulação sanguínea no olho e acelerar a remoção de substâncias tóxicas ou metabólitos que contribuam para a opacificação do cristalino.

A luz Infravermelha também pode ter um efeito antioxidante, já que o estresse oxidativo é uma das principais causas do desenvolvimento da catarata. Ao estimular processos celulares benéficos, ela poderia ajudar a prevenir o acúmulo de proteínas danificadas no cristalino, retardando o processo de cataratogênese.

Medicações em pesquisa

O estudo com medicamentos para pacientes com o olho opacificado é um pouco mais lento do que gostaríamos, mas pode trazer resultados surpreendentes. Com ele, os pacientes de teste são submetidos a medicações que afetam as proteínas do olho e a antioxidantes específicos.

A ideia é prevenir o surgimento da catarata e também parar a progressão da doença, principalmente em seus estágios iniciais.

Lentes e óculos para correção temporária

Em estágios iniciais da catarata, a visão pode ser temporariamente melhorada com o uso de óculos de grau ou lentes de aumento. No entanto, essa é apenas uma solução paliativa e não impede o avanço da doença.

Colírios para retardar o progresso

Pesquisadores estão estudando colírios que contêm substâncias como o lanosterol e o composto 29, que em testes iniciais mostraram a capacidade de reduzir o acúmulo de proteínas no cristalino, retardando a progressão da catarata.

Por outro lado, essas soluções continuam em fase experimental e não são um tratamento aprovado ou aplicado nos consultórios oftalmológicos.

Mudanças no estilo de vida

Embora não revertam a catarata, algumas medidas podem ajudar a retardar o seu progresso, como:

  • Uso de óculos de sol com proteção UV, para reduzir o impacto dos raios ultravioleta;
  • Manter uma alimentação rica em antioxidantes (como vitamina C, vitamina E, luteína e zeaxantina) para proteger os olhos de danos oxidativos;
  • Evitar fumar, pois o tabagismo está relacionado ao aumento do risco de desenvolver catarata.

Catarata tem cura?

Apesar de ser uma doença que assusta, devido ao seu nível de complexidade, a catarata tem cura, sim.

A cirurgia continua sendo o principal método de tratamento. Esse tipo de abordagem promove melhor qualidade de vida. Depois do processo de cicatrização e da liberação do médico, o paciente pode ter uma rotina normal e retomar suas atividades de trabalho, estudo, lazer e atividade física tranquilamente.

Como já dissemos, o processo é simples, rápido e seguro. A recuperação costuma ser bem tranquila e leva poucos dias. Lembre-se de que é fundamental seguir todas as orientações do oftalmologista e tomar os cuidados necessários.

A catarata pode voltar após a cirurgia?

Não, ela não volta depois da cirurgia — isso é um grande mito! O que pode ocorrer é a opacificação da cápsula posterior do cristalino, após alguns meses ou anos após o procedimento, que acaba por causar um borramento na visão. 

Essa cápsula é onde a lente intraocular é inserida durante a cirurgia e fica apoiada. Trata-se de uma estrutura muito fina e transparente, preservada na operação e, por ser uma estrutura natural, pode se tornar opaca no decorrer do tempo.

Esse tipo de opacificação é popularmente conhecida como “segunda catarata”, mas é importante ressaltar que ela não significa o retorno da doença. 

Embora esse efeito possa se manifestar entre o terceiro mês e cinco anos após a cirurgia, é possível tratar a opacificação por meio de aplicações a laser, um procedimento ambulatorial rápido e indolor chamado de capsulotomia Yag Laser.

O laser irá atravessar as estruturas oculares, sem causar danos, realizando micro-aberturas das áreas opacas da cápsula e resultando em uma boa melhora na qualidade da visão.

Como se prevenir da catarata?

Assim como é o caso com outras doenças oculares graves, é possível ter alguns hábitos que minimizam as chances do desenvolvimento precoce de catarata. 

Ao pensar na doença, o fator mais importante é o envelhecimento, que deve acontecer da forma mais saudável possível.

Alguns hábitos já são reconhecidos como fatores de proteção ao desenvolvimento precoce dela, como:

  •  Consumo reduzido de sal e gorduras;
  •  Abstenção de álcool e tabaco;
  •  Prática de exercícios físicos;
  •  Controle rigoroso do nível de glicose no sangue;
  •  Alimentação saudável à base de frutas e vegetais ricos em vitaminas A, C e E.

A redução do estresse é outro fator a ser considerado. Ficar estressado eleva a produção de radicais livres e a oxidação das células do cristalino, acelerando sua opacificação.

Ainda falando em prevenção, a falta de proteção solar aumenta o risco do paciente ter catarata. A radiação ultravioleta emitida pelo sol só é segura para os olhos quando está abaixo de 6. No Brasil, esse índice é ultrapassado mesmo no inverno.

Assim como ocorre com diversas outras doenças oculares, o diagnóstico de catarata ainda no início é vital para a preservação da visão. Faça um acompanhamento médico com um oftalmologista e realize consultas regulares.

É possível evitar a catarata? 

Ainda não há resultados que afirmem que determinada ação impeça o indivíduo  de adquirir a doença. Contudo, alguns cuidados podem ser tomados para evitar complicações: 

  • Use óculos com proteção contra raios UVA e UVB;
  • Se for se expor ao sol, use chapéus ou bonés;
  •  Alimente-se adequadamente, com um dieta rica em fibras, legumes, frutas e verduras;
  • Visite o oftalmologista regularmente, para exames e diagnósticos.

Quem tem catarata sente dor nos olhos?

Não. Esta dor pode acontecer, em casos raros, quando há um aumento súbito da pressão intraocular. 

Vimos até aqui, o que é catarata é que se essa condição não for tratada pode causar sérios prejuízos à visão, inclusive cegueira. Embora seja mais comum entre os idosos, ela pode afetar pessoas de todas as idades. 

Por isso, é fundamental prestar atenção aos sintomas e buscar acompanhamento médico, especialmente se existirem fatores de risco, como diabete ou histórico familiar. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir uma boa qualidade de vida e preservar a visão por muitos anos.

Precisa de ajuda para tratar essa doença? A COI é uma clínica que conta com especialistas em cirurgia de catarata. Se você quiser saber mais sobre catarata e tirar suas dúvidas, agende uma consulta com um de nossos especialistas em nossa Clínica de Oftalmologia Integrada no Rio de Janeiro!

 

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Dr. Ricardo Filippo

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Dr. Ricardo Filippo é especialista em oftalmologia e produz conteúdos sobre saúde ocular.
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