Decidir quando operar a catarata exige a avaliação de vários fatores, como tipo de catarata e exames oftalmológicos. Entenda por que eles são essenciais para definir o momento ideal para essa cirurgia.
A cirurgia de catarata proporciona vários benefícios ao paciente diagnosticado com a doença. A operação pode aumentar até mesmo sua expectativa de vida.
No entanto, essas vantagens nem sempre são lembradas por quem recebe o diagnóstico da doença. Em vez disso, as pessoas tendem a se preocupar com questões como: quando operar a catarata? A cirurgia é segura? O que pode acontecer quando a pessoa se recusa a fazer esse procedimento?
Além de ser uma operação segura e amplamente recomendada, normalmente, essa cirurgia é indicada quando o paciente tem dificuldade para fazer atividades do dia a dia, como ler, caminhar e dirigir com segurança.
No entanto, a definição do momento adequado para operar a catarata depende da avaliação oftalmológica do paciente. Isso porque essa decisão deve ser tomada pelo oftalmologista, que analisa diversos fatores antes de recomendar a cirurgia.
Neste artigo, explicaremos quais fatores a considerar na decisão de fazer a cirurgia de catarata e por que o paciente não precisa ter medo de passar por esse procedimento. Boa leitura!
O que é a catarata?
A catarata é uma doença ocular que causa a opacificação do cristalino, a lente natural do olho. O cristalino é responsável por focar a luz que entra no olho e formar imagens claras na retina.
Quando a catarata se desenvolve, esse cristalino se torna opaco, prejudicando a passagem de luz até a retina, local onde as imagens são formadas. Como resultado, a pessoa desenvolve sintomas como visão embaçada ou turva.
Normalmente, essa doença ocular evolui de forma progressiva. Isso significa que inicialmente ela causa apenas um pequeno desconforto na visão.
Porém, com o tempo, a opacificação do cristalino aumenta e piora a capacidade da pessoa enxergar com nitidez. Caso não seja tratada, isso pode resultar em doenças oculares que podem causar cegueira.
Embora seja uma condição mais comum em idosos, a catarata não atinge apenas pessoas dessa faixa etária.
Na verdade, o cristalino pode se tornar opaco e turvo devido a vários fatores, como idade, problemas congênitos, tabagismo, diabetes ou uso prolongado de certos medicamentos, por exemplo. Por isso, existem diferentes tipos de catarata, que variam conforme o processo de formação da doença.
Quais são os sintomas que indicam a presença de catarata?
Os sintomas da catarata podem variar de pessoa para pessoa. Apesar dessas variações, normalmente os sinais mais comuns da doença são:
- Visão embaçada ou turva;
- Aumento da sensibilidade à luz;
- Dificuldade para enxergar à noite;
- Percepção de cores desbotadas e imagens menos nítidas;
- Visão dupla ou fantasma;
- Capacidade de enxergar halos ao redor das luzes;
- Mudanças frequentes na prescrição dos óculos, já que o grau do erro de refração tende a aumentar;
- Dificuldade para fazer atividades rotineiras, como dirigir, ler e assistir televisão.
Qual o momento adequado para operar a catarata?
A decisão de operar a catarata geralmente é baseada na gravidade dos sintomas e no impacto que eles têm na qualidade de vida do paciente.
Essa avaliação deve ser feita pelo médico oftalmologista e deve ser baseada no relato e no histórico de saúde do paciente, bem como em exames oftalmológicos feitos apenas no consultório oftalmológico.
Exames como teste de acuidade visual, mapeamento da retina e exame da lâmpada de fenda, ajudam o médico a diagnosticar o tipo de catarata que a pessoa apresenta e a avaliar a gravidade do quadro desse paciente.
Com base nesse conjunto de informações, o médico avaliará se o procedimento cirúrgico é necessário. Em outras palavras, apenas o oftalmologista pode dizer quando operar a catarata.
Quais fatores devem ser considerados ao decidir pela operação?
Existem vários fatores a serem considerados ao decidir pela operação da catarata. O primeiro deles são os sinais da doença. Normalmente, quanto maior a dificuldade para enxergar com nitidez, maior é a indicação da cirurgia de catarata.
Isso porque o agravamento dos sintomas prejudica a qualidade de vida e a autonomia do paciente, uma vez que ele não consegue distinguir rostos, dirigir, ler e fazer outras atividades cotidianas.
O segundo fator que deve ser considerado é a avaliação do médico oftalmologista. Conforme explicado, somente o médico pode dizer quando operar a catarata e explicar por que esse procedimento cirúrgico é indicado para o paciente.
Essa decisão é baseada na avaliação completa da saúde ocular da pessoa, no tipo de catarata que ela possui e nos impactos dos sinais da doença na vida do paciente.
Quais os benefícios da cirurgia de catarata?
Receber a notícia de que é necessário passar por um procedimento cirúrgico normalmente assusta as pessoas, já que elas podem associar a cirurgia a uma operação incisiva, que exige internação e um pós-operatório complicado.
Mas esse não é o caso da cirurgia de catarata. Além de não exigir internação, essa é uma operação simples e rápida, que geralmente não dura mais que 20 minutos.
Nesse período, o médico substitui o cristalino opaco do paciente por uma lente intraocular e o paciente operado volta para casa no mesmo dia em que a operação é realizada.
Além de simples e rápida, a cirurgia de catarata é um procedimento seguro e normalmente bem-sucedido. Estima-se que a taxa geral de sucesso desse procedimento é de 90% a 95%. Por esse motivo, ele é tão recomendado.
Uma pesquisa publicada na revista JAMA Ophthalmology, uma das principais publicações científicas do mundo da área de oftalmologia, também revelou que a cirurgia de catarata pode aumentar a longevidade do paciente em cerca de 5 anos.
Ainda segundo a pesquisa, pacientes que passaram pela cirurgia de catarata apresentaram menor mortalidade ligada a doenças vasculares, neurológicas, pulmonares, infecciosas e até câncer.
Esses benefícios da cirurgia de catarata mostram que as pessoas não precisam ficar com medo de realizar esse procedimento.
Como é o pós-operatório da cirurgia de catarata?
O pós-operatório da cirurgia de catarata é considerado tranquilo e rápido em comparação a outros procedimentos oculares. Os resultados da operação começam a aparecer cerca de 24 horas após a realização do procedimento, mas a cura completa pode levar de 4 a 6 semanas.
Para garantir uma boa recuperação, evitar complicações e recuperar totalmente a visão, o paciente deve seguir algumas recomendações médicas. Normalmente, esses cuidados incluem:
Usar os colírios prescritos pelo médico para prevenir infecções e reduzir a inflamação do olho operado;
- Evitar colocar água ou sabão nos olhos;
- Não esfregar ou pressionar o olho operado;
- Evitar atividades extenuantes e o levantamento de peso durante os primeiros dias após a cirurgia;
- Usar óculos escuros durante o dia;
- Evitar dirigir após a cirurgia. O ideal é esperar pelo menos um dia para retomar essa atividade;
- Não usar maquiagem nos olhos, nem cremes ou loções no rosto;
- Evitar ambientes com muita poeira, vento, pólen e sujeira para prevenir a irritação ocular;
- Usar óculos escuros em dias claros.
Quais os riscos de não operar a catarata?
Apesar dos benefícios da cirurgia de catarata, nem sempre o portador da doença aceita passar por esse procedimento cirúrgico.
No entanto, se o oftalmologista já tiver indicado a cirurgia ao paciente, não a realizar oferece graves riscos. Afinal, a cirurgia de catarata é o tratamento mais eficiente disponível para curar essa doença.
Caso a pessoa não faça esse tratamento, os sinais da catarata tendem a se agravar. Em casos avançados, a doença pode provocar a cegueira. Aliás, a catarata é uma das principais causas de perda de visão no planeta.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 51% dos casos de cegueira do mundo sejam causados pela catarata.
Além da perda da visão, o portador da doença perde a capacidade de realizar as tarefas do dia a dia, aumenta as chances de sofrer acidentes e até pode desenvolver um quadro grave de depressão.
Afinal, a dificuldade crescente para enxergar com nitidez dificulta a realização de atividades rotineiras e afetam a autoestima dos seus portadores.
A única forma de evitar esses problemas é fazer o tratamento correto dessa doença, o que normalmente inclui a realização da cirurgia.
Caso ainda não se sinta seguro ou tenha dúvidas sobre quando operar a catarata, a recomendação é conversar com um bom oftalmologista.
Esse profissional é capacitado para oferecer todas as orientações que você precisa para fazer uma cirurgia segura e bem-sucedida e finalmente recuperar sua saúde ocular.
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