Infecções oculares: quais os principais tipos e como proteger seus olhos

Olhos castanhos claros com infecção.

Infecções oculares são condições causadas por bactérias, vírus ou fungos que afetam os olhos, resultando em sintomas como vermelhidão, dor, secreção e sensibilidade à luz. O tratamento depende do tipo, podendo incluir colírios, antibióticos ou antivirais. 

As infecções oculares afetam a saúde dos olhos e, em muitos casos, levam a complicações sérias se não forem tratadas adequadamente. 

Causadas por uma variedade de micro-organismos, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas, elas atingem diferentes partes, como a conjuntiva, a córnea e as pálpebras. Os sintomas variam de leve desconforto a dor intensa, afetando a qualidade de vida e a visão. 

Neste conteúdo, explicaremos os tipos mais comuns, as causas, os sintomas, os métodos de prevenção e as opções de tratamento, com informações importantes para você se cuidar. Confira!

O que são infecções oculares?

As infecções oculares surgem quando micro-organismos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, invadem os olhos, comprometendo diferentes áreas, como a córnea (parte transparente na frente), a conjuntiva (camada que recobre o branco dos olhos) ou regiões mais internas e sensíveis.

O que causa as infecções oculares?

A má higienização das mãos é uma das principais causas das infecções, já que o contato com superfícies contaminadas transmite microorganismos aos olhos, principalmente para aqueles que têm o hábito de coçar ao longo do dia. Além disso, os agentes mais perigosos para essa condição incluem:

  • Bactérias: presentes em lugares e objetos, podem ser transferidas para o aparelho ocular. Para aqueles que usam lentes de contato, não higienizá-las corretamente também pode levar bactérias para os olhos.
  • Vírus: pelo contato com pessoas infectadas (por exemplo, em casos de conjuntivite viral) ou por doenças virais no corpo, como herpes simples ou varicela;
  • Fungos: com a exposição a ambientes úmidos ou com mofo e o uso prolongado de lentes de contato, sem higiene adequada.
  • Parasitas: advindos do contato com água contaminada, como em piscinas ou lagos.
  • Falta de higiene: ao não lavar as mãos e compartilhar objetos como toalhas, maquiagem ou colírios;
  • Traumas: com pequenos cortes ou arranhões na superfície do olho, que facilitam a entrada de microrganismos.
  • Sistema imunológico baixo: quando doenças ou condições enfraquecem as defesas naturais do corpo;
  • Condições pré-existentes: como olho seco ou alergias, que deixam a visão mais vulnerável;
  • Cirurgias ou procedimentos: que se complicam, como catarata ou LASIK, se os cuidados pós-operatórios não forem seguidos corretamente.
  • Exposição a ambientes contaminados: com muita poeira, fumaça ou poluição.

Quais são os tipos de infecções oculares?

A infecção ocular mais comum é a conjuntivite, que ocorre quando a conjuntiva, membrana que reveste a parte branca e o interior das pálpebras, fica inflamada. Ela pode ser causada por infecções virais, bacterianas ou reações alérgicas. Além dela, outras condições comuns que prejudicam a visão são:

1. Blefarite

    A blefarite é uma inflamação das pálpebras, atingindo a borda onde estão localizados os cílios. Ela costuma ser provocada por bactérias, disfunções nas glândulas sebáceas, que produzem óleo, ou por condições de pele, como a dermatite seborreica.

    2. Ceratite

      A ceratite afeta a córnea, a parte transparente do olho responsável por focar a luz, e pode ser causada por bactérias, vírus (como o herpes simples), fungos ou trauma.

      3. Uveíte

        A uveíte é uma condição inflamatória da úvea, a camada média do olho que contém vasos sanguíneos, e pode ser provocada por vírus, bactérias, fungos, doenças autoimunes ou lesões.

        4. Endoftalmite

          A endoftalmite é uma condição grave que afeta as partes internas do olho, como o vítreo e a retina. Geralmente ocorre após cirurgias ou traumas que permitem a entrada de bactérias no olho.

          5. Hordeolum (Terçol)

            O Hordeolum, ou terçol, é uma infecção nas glândulas da pálpebra que resulta na formação de um nódulo doloroso, geralmente causado por bactérias, especialmente estafilococos.

            6. Dacriocistite

              A dacriocistite é uma infecção do saco lacrimal que bloqueia a drenagem normal das lágrimas, resultando em dor, inchaço no canto interno do olho, secreção purulenta e lacrimejamento excessivo. Ela ocorre devido à obstrução do ducto lacrimal ou à proliferação bacteriana.

              7. Queratite viral

                A Queratite Viral é uma infecção na córnea causada pelo vírus herpes simples, que pode provocar visão turva, vermelhidão e lacrimejamento. Esse vírus pode ser reativado por fatores como estresse, exposição ao sol ou outras doenças.

                8. Queratite fúngica

                  Esse tipo é provocado por fungos, frequentemente relacionado ao uso inadequado de lentes de contato. As principais causas incluem a exposição a ambientes úmidos, como água contaminada, e a falta de higiene adequada das lentes.

                  9. Infecções por Chlamydia

                    Causadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, ela afeta a conjuntiva, sendo transmitida principalmente por contato sexual ou com secreções infectadas.

                    Quais são os sintomas da infecção ocular?

                    Para identificar uma possível infecção ocular, é importante estar atento a alterações na saúde, especialmente se acompanhadas de dor ou irritação, e buscar imediatamente a avaliação de um oftalmologista. Os principais sintomas de alerta incluem:

                    • Olho vermelho
                    • Coceira ou ardor
                    • Lacrimejamento excessivo
                    • Secreção (aquosa, viscosa ou purulenta)
                    • Sensação de areia ou corpo estranho
                    • Sensibilidade à luz (fotofobia)
                    • Dor ou desconforto
                    • Inchaço nas pálpebras
                    • Visão turva ou embaçada
                    • Crostas nos cílios e pálpebras

                    Como prevenir infecções oculares?

                    Para prevenir contaminações, é fundamental manter uma boa higiene. Desse modo, lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente antes de tocar as pálpebras, e evite esfregar ou tocar a área ocular para reduzir o risco de transferência de germes.

                    Além disso, mantenha os olhos limpos, higienizando regularmente as pálpebras e os cílios, especialmente se você tiver condições como blefarite.

                    Se você usa lentes de contato, siga as orientações do profissional de saúde quanto ao uso e à higiene. Para isso, limpe e desinfete corretamente as lentes e nunca as use durante a noite, a menos que sejam projetadas para esse fim.

                    Também é importante não compartilhar itens pessoais, como toalhas, maquiagem e colírios, para evitar a propagação de bactérias.

                    Não se esqueça de proteger sua visão do sol, usando óculos de sol que ofereçam proteção contra raios UV, e minimize a exposição a ambientes contaminados, como locais com poeira e poluição.

                    Saiba mais: Como lavar os olhos: dicas para cuidar bem da sua visão

                    Qual o tratamento e quando procurar um oftalmologista? 

                    O tratamento ocular varia, conforme o tipo e a gravidade da infecção. Algumas opções incluem:

                    • Antibióticos: para contaminações bacterianas, colírios ou pomadas antibióticas são frequentemente prescritos para eliminar a bactéria no olho;
                    • Antivirais: para vírus, como a ceratite herpética, medicamentos antivirais em forma de colírio ou comprimidos podem ser necessários;
                    • Antifúngicos: doenças fúngicas na córnea podem ser tratadas com colírios;
                    • Corticosteroides: em alguns casos, colírios ou pomadas corticosteroides podem ser prescritos para reduzir a inflamação;
                    • Compressas quentes: para condições como blefarite ou terçol, compressas quentes podem ajudar a aliviar o desconforto;
                    • Higiene adequada: manter uma boa higiene e seguir as orientações de cuidados específicos são fundamentais para a recuperação.


                    Se você apresentar vermelhidão intensa ou persistente que não melhora com cuidados caseiros, dor ocular severa ou desconforto que interfira nas atividades diárias, é imprescindível procurar a ajuda de um oftalmologista.

                    Compreender os tipos, causas e sintomas dessa condição é um cuidado preventivo. Precisa de ajuda com seus olhos?

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                    Dr. Ricardo Filippo

                    Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Dr. Ricardo Filippo é especialista em oftalmologia e produz conteúdos sobre saúde ocular.

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