As lágrimas artificiais são produzidas em laboratório, desenvolvidas para imitar a composição e a função do líquido lacrimal natural. As fórmulas contêm diferentes substâncias, como água purificada, eletrólitos, polímeros, ácido hialurônico e, em alguns casos, componentes lipídicos.
As lágrimas artificiais podem parecer simples gotas, mas fazem toda a diferença para quem sofre com olhos secos, ardência, sensação de areia ou cansaço visual.
Com a rotina acelerada, o uso constante de telas e a exposição a ambientes secos, cada vez mais pessoas recorrem a essas soluções lubrificantes para aliviar o desconforto e proteger a saúde ocular.
Mas você sabe como elas funcionam, quais os tipos existentes e quando usar? Neste conteúdo, vamos explicar tudo o que você precisa saber, desde a composição até os cuidados no uso e a importância da orientação médica. Confira!
O que são lágrimas artificiais e para que são usadas?
As lágrimas artificiais são soluções lubrificantes desenvolvidas para imitar a composição da secreção ocular natural.
Elas são usadas para aliviar os sintomas do olho seco, uma condição em que eles não produzem lubrificação suficiente ou quando a qualidade do lubrificante é ruim, causando desconforto, ardência, vermelhidão e até visão turva.
Quais são os tipos de lágrimas artificiais?
As soluções lubrificantes variam conforme a composição e o modo de uso. Veja os principais tipos:
- Base aquosa (mais leves): hidrata a superfície ocular e é recomendada para casos leves de olho seco e uso esporádico.
- Com ácido hialurônico: costumam ser mais hidratantes e duram mais tempo, sendo boas para olho seco moderado ou frequente;
- Mais espessas (géis ou pomadas): permanece mais tempo e são usadas à noite ou em casos mais graves;
- Com lipídios (óleo): evitam a evaporação da lágrima, indicados para quem tem blefarite ou disfunção das glândulas da pálpebra.
Ainda existem aquelas que vêm com conservantes e sem conservantes. A primeira é para uso ocasional, pois algumas pessoas podem ter irritação, já a segunda é mais segura para uso frequente e para aqueles que apresentam sensibilidade.
Qual a diferença de lágrimas artificiais e colírios?
As soluções lubrificantes e os colírios são aplicados diretamente nos olhos, porém cada um tem uma finalidade distinta.
As fórmulas sintéticas, por exemplo, são recomendadas para hidratar e preservar a superfície ocular, contribuindo para o alívio de sintomas como ardência, sensação de areia e vermelhidão.
Já os colírios podem ter várias funções terapêuticas, como tratar infecções, alergias, inflamações ou controlar a pressão intraocular, e, geralmente, contêm medicamentos específicos em sua composição.
Enquanto as fórmulas sintéticas têm efeito hidratante, sendo usadas com mais frequência e segurança, os colírios devem ser utilizados com orientação médica, por possuírem princípios ativos que podem causar efeitos colaterais.
Saiba mais: Aprenda como pingar colírios corretamente
Como usar lágrimas artificiais?
O uso é simples, mas alguns cuidados fazem toda a diferença para garantir a eficácia e evitar contaminações. Esses passos são:
- Lavar bem as mãos antes de aplicar;
- Inclinar levemente a cabeça para trás e puxar delicadamente a pálpebra inferior para baixo, formando uma “bolsinha”;
- Pingar 1 ou 2 gotas, sem encostar o frasco na superfície ocular ou nos cílios;
- Fechar os olhos suavemente por alguns segundos, sem apertar, para espalhar o produto;
- Evitar tocar na ponta do frasco e mantê-lo bem fechado após o uso;
- Respeitar a frequência recomendada pelo oftalmologista ou indicada na embalagem;
- Se o produto for em unidoses (sem conservantes), descartar o restante após o uso;
- Se for em frasco, é importante verificar o prazo de validade após a abertura, que varia de 30 a 90 dias.
Como as lágrimas artificiais ajudam a tratar os sintomas de olho seco?
As lágrimas artificiais formam uma camada protetora sobre a córnea, reduzindo a sensação de ardência, ressecamento, coceira e corpo estranho.
Além disso, melhoram a estabilidade do filme lacrimal, prevenindo danos à superfície ocular e proporcionando maior conforto visual, especialmente em ambientes secos, uso prolongado de telas ou em pessoas com produção reduzida.
Existem efeitos colaterais das lágrimas artificiais?
Embora as fórmulas dos hidratantes oculares sejam seguras e bem toleradas, alguns efeitos colaterais podem ocorrer, especialmente em casos de uso excessivo ou sensibilidade a algum componente da fórmula, tais como:
- Irritação leve ou ardência temporária após aplicar;
- Visão embaçada momentânea, principalmente com fórmulas em gel ou mais espessas;
- Reações alérgicas (vermelhidão, coceira, inchaço), mais comuns em produtos com conservantes;
- Contaminação do frasco, se usado incorretamente, causando infecção.
Lágrimas artificiais podem ser usadas com lentes de contato?
É possível usar soluções lubrificantes com lentes de contato, desde que elas sejam desenvolvidas para esse fim.
Existem opções compatíveis que contribuem para a hidratação ocular e proporcionam mais conforto, principalmente em locais secos ou após longos períodos com as lentes.
É recomendável optar por fórmulas sem conservantes ou com versões mais suaves, já que componentes agressivos podem se acumular nas lentes e provocar irritações.
Quando usar lágrimas artificiais?
Você pode usar as lágrimas artificiais sempre que sentir desconforto, ressecamento ou irritação. Elas são especialmente indicadas se você:
- Fica muito tempo em frente a telas, como computador ou celular, reduzindo a frequência das piscadas;
- Trabalha ou passa o dia em ambientes com ar-condicionado, vento ou poeira;
- Usa lentes de contato, já que elas ajudam a manter o conforto ao longo do dia;
- Já fez cirurgia, como LASIK ou catarata;
- Sente ardência, coceira ou sensação de areia na superfície ocular;
- Tem doenças como síndrome do olho seco, blefarite ou síndrome de Sjögren, nesses casos, a lubrificação sintética é essencial.
Qual é a importância de consultar um oftalmologista antes de usar lágrimas artificiais?
Consultar um oftalmologista antes de utilizar qualquer tipo de lubrificação ocular é importante para identificar a causa do desconforto e indicar a melhor opção para o seu caso.
Embora as lágrimas artificiais sejam seguras na maioria dos casos, o especialista pode recomendar versões sem conservantes para usos frequentes ou sugerir outros tratamentos, caso exista alguma condição associada, como olho seco severo ou disfunções nas glândulas lacrimais.
Também cabe ao médico avaliar possíveis interações com outros tratamentos ou condições oculares, assegurando uma abordagem segura e eficaz.
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