O que é trombose ocular?
A trombose ocular é uma disfunção vascular que ocorre na retina, sendo uma das causas mais frequentes de cegueira em todo o mundo. Os principais fatores que podem causa-la são: ter mais de 65 anos de idade, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol elevado, o glaucoma e hemorragia vítrea.
A Trombose Ocular é uma doença que se caracteriza pela formação de coágulos nas veias que nutrem a retina, o que pode levar, entre outras coisas, a sintomas como hemorragia, isquemia (interrupção da irrigação sanguínea), inflamação e pode provocar descolamento da retina em casos mais graves, ela tem origem multifatorial.
Neste post, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o que é trombose ocular e como tratá-la, abordando também suas principais causas, sintomas, riscos e tratamentos. Acompanhe!
Como a trombose ocular afeta a visão?
A retina é um tecido fino, muito vascularizado, localizado no fundo do olho, formado por um conjunto de células fotossensíveis que têm função de captar a luz e transformá-la em sinais elétricos, que, por meio do nervo óptico, são enviados ao cérebro, onde a visão será processada.
Nesse sentido, a trombose ocular é a formação de um coágulo (trombo) que bloqueia a circulação do sangue na retina, por obstruir sua veia central ou um de seus ramos, impedindo o retorno do sangue para a circulação corporal.
Por ser provocada pela formação de um trombo (coágulo) no interior da veia, pode ser chamada de trombose venosa retiniana. A coagulação intravenosa pode causar edema e hemorragias, pois o fluxo sanguíneo é bloqueado e o sangue não pode ser drenado e acaba por se extravasar no tecido da retina.
Se a condição não for identificada, pode evoluir e causar isquemia, com consequente formação de novos vasos e glaucoma secundário (chamado de glaucoma neovascular). Em casos mais graves, a doença pode provocar descolamento da retina e hemorragia vítrea.
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Sintomas da trombose ocular
De forma geral, o paciente que apresenta trombose ocular percebe uma piora da visão em um dos olhos. No caso de oclusão de ramo venoso, existe uma alteração pequena da visão ou defeito no campo visual. Além disso, o paciente não sente dor e não fica com os olhos vermelhos. Os principais sintomas são:
- perda gradativa da visão;
- visão embaçada;
- problemas no campo visual;
- manchas na visão.
Os sintomas surgem quando a região central da retina é afetada ou ocorre o desenvolvimento de neovasos (novos vasos sanguíneos anormais extremamente frágeis), que provocam hemorragias na cavidade vítrea.
O entupimento da veia central da retina causa a perda súbita da visão, e se ele for em um dos seus ramos, provoca uma mancha escura no campo visual. Caso você perceba qualquer um desses sintomas, procure consultar um oftalmologista imediatamente.
Espécies de oclusão venosa retiniana
A trombose ocular pode ser classificada em forma não isquêmica e isquêmica, conforme as consequências provocadas pela falta de oxigenação do tecido. A forma isquêmica é relacionada a um prognóstico pior da visão em longo prazo, porque o paciente pode evoluir com neovascularização e edema.
Confira a seguir os tipos de trombose ocular e como eles ocorrem:
Oclusão da veia central da retina (OVCR)
Esse problema ocorre tanto em mulheres quanto em homens, especialmente após a sexta década de vida. Em geral, ele aparece em apenas um olho, além de acometer todos os quadrantes da retina.
Os principais precedentes são hipertensão, diabetes, inflamações dos vasos sanguíneos e patologias do sangue. Algumas doenças dos olhos podem predispor à OVCR, como hipermetropia e glaucoma.
A formação do trombo, no interior da veia central da retina, impede a drenagem do sangue retiniano. A lesão dos vasos e o aumento da rigidez das artérias, com o avançar da idade, podem comprometer a circulação nos olhos e causar um coágulo.
Oclusão de ramo da veia central da retina (ORVR)
A ORVR acontece de maneira bastante similar à OVCR. No entanto, esse problema é causado por uma obstrução localizada em apenas um segmento e, geralmente, de menor gravidade, já que uma parte do fluxo sanguíneo ainda é preservado.
Nesse caso, a pessoa apresenta uma redução do campo visual ou visão borrada. Ademais, ocorrem hemorragias intrar retinianas que aumentam com a evolução da doença.
Quais são as principais causas da trombose ocular?
Como vimos, a principal causa da trombose ocular é formação de um coágulo sanguíneo no olho. O que leva à sua formação, porém, é incerto, uma vez que se trata de uma doença de origem multifatorial – ou seja, não há uma única causa que pode levar ao seu surgimento.
No entanto, ao longo dos anos, a Medicina foi capaz de identificar alguns fatores de risco que podem facilitar o aparecimento desse tipo de alterações nos vasos sanguíneos. Entre eles, destacam-se:
- ter mais de 65 anos de idade;
- doenças cardíacas;
- tabagismo;
- problemas de coagulação sanguínea;
- hipertensão;
- colesterol elevado;
- diabetes;
- quadros inflamatórios e infecciosos;
- outros problemas oculares, como glaucoma e hemorragia vítrea;
- outras doenças, como sífilis, leucemia e lúpus.
Vale ressaltar que, embora seja mais comum em idosos, a trombose ocular pode afetar pessoas de todas as idades e sexos, podendo ocorrer até mesmo em indivíduos saudáveis.
Diagnóstico da trombose ocular
O diagnóstico da trombose ocular é feito por meio do exame de fundo de olho ou exame de mapeamento de retina. O oftalmologista consegue observar extravasamento de líquido e hemorragias, além do aumento da tortuosidade venosa.
Recomenda-se que seja realizado por um médico especialista em retina, como o retinólogo. Esse profissional é o responsável por avaliar e tratar doenças da retina, como a retinopatia diabética.
Assim, o profissional examina o paciente com as pupilas dilatadas e solicita alguns exames oftalmológicos, como mapeamento e tomografia de coerência óptica, que determinam se a pessoa tem edema de mácula e se a doença é isquêmica ou não.
O mapeamento de retina é um exame adicional para a saúde visual, que não é feito rotineiramente pelo oftalmologista. Se trata de um procedimento que pode avaliar o fundo do olho e as suas estruturas.
Já na tomografia de coerência óptica se pode visualizar a retina e o nervo óptico tridimensionalmente. O exame é solicitado quando o mapeamento de retina não é suficiente para estabelecer o diagnóstico da trombose ocular.
Tratamento da trombose ocular
A identificação da causa faz parte do tratamento, que se inicia a partir da tentativa de identificar alguma doença que possa ter provocado a trombose ocular, como hipertensão arterial, por exemplo. Assim, é essencial tratar o problema para diminuir as chances de uma nova oclusão ou que o outro olho seja afetado. Os principais tratamentos específicos são:
- injeção intraocular de medicação, com fármacos antiangiogênicos que podem impedir a formação de neovasos, ou com corticoides, para reduzir processo de inflamação;
- fotocoagulação a laser, uma técnica que trata diferentes doenças da retina. O laser é usado no tratamento das áreas de isquemia;
- cirurgia, indicada em casos mais graves e quando existe hemorragia na cavidade vítrea.
Quais as consequências da trombose ocular quando não tratada?
A oclusão venosa da retina pode levar a diversas complicações oculares no paciente. A isquemia é uma das mais comuns e caracteriza-se pela interrupção da vascularização da retina.
Como consequência desse quadro, pode ocorrer a formação de novos vasos sanguíneos, chamados de neovasos, e também de glaucoma secundário, que consiste no aumento da pressão interna do olho.
Em quadros mais graves, pode haver ainda hemorragia vítrea e descolamento da retina, o que pode causar perda progressiva – ou até mesmo súbita – da visão, levando, finalmente, à cegueira.
Ao experimentar quaisquer sintomas que caracterizam a doença, o paciente deve se consultar o quanto antes com um médico oftalmologista, para que o tratamento comece o quanto antes e as chances de melhora sejam ainda maiores.
Como se viu, a trombose ocular é um problema que pode afetar muitas pessoas, principalmente as que se encaixam nos grupos de risco da doença. Por isso, prevenção e visitas frequentes a um oftalmologista são essenciais, pois esse profissional poderá identificar os sintomas e indicar o melhor tratamento para a doença.
Juntamente a isso, manter hábitos de vida saudáveis, que ajudem na prevenção dos fatores de risco, como hipertensão e diabetes, é fundamental para reduzir as chances de desenvolvimento da trombose ocular.
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