A degeneração marginal pelúcida (DMP) é mais comum em adultos com idades entre 20 e 40 anos. Esse problema afeta a córnea, criando um afinamento que causa visão embaçada e tem como fator de risco o gênero, histórico familiar, condições oculares pré-existentes e exposição à radiação UV.
A saúde dos olhos influencia diretamente como percebemos o mundo. Na degeneração marginal pelúcida da córnea, essa estrutura se altera, comprometendo a visão e dificultando o reconhecimento nítido de objetos, pessoas e ambientes.
Com causas que envolvem fatores genéticos e ambientais, essa condição provoca o afinamento da parte transparente do olho, levando a uma visão embaçada que, no início, pode passar despercebida.
À medida que a doença avança, os sintomas se intensificam, tornando a vida cotidiana mais desafiadora. Vamos entender como ela funciona, quais são seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis. Continue a leitura!
O que é degeneração marginal pelúcida da córnea?
A degeneração marginal pelúcida é uma condição rara que afeta a córnea, tornando sua porção inferior mais fina ao longo do tempo. Essa alteração modifica seu formato, tornando-a mais curva e irregular, impedindo a entrada correta da luz no olho, resultando em visão embaçada e distorcida.
Além disso, pode causar astigmatismo irregular, um tipo de erro refrativo difícil de corrigir apenas com óculos.
Quais são as causas da degeneração marginal pelúcida?
A causa dessa condição não é totalmente conhecida, mas há indícios de que seja degenerativa, influenciada por fatores genéticos e ambientais. Entre os possíveis fatores de risco estudados, podemos citar:
- Predisposição genética: pessoas com histórico familiar de doenças da membrana ocular apresentam maior risco;
- Alterações no colágeno da córnea: o enfraquecimento das fibras de colágeno leva ao afinamento progressivo;
- Fatores ambientais: traumas oculares repetitivos ou inflamações podem contribuir para a enfermidade;
- Doenças associadas: a deterioração da parte transparente do olho pode ocorrer com outras condições, como o ceratocone, embora sejam doenças diferentes.
Saiba mais: Existe tratamento para reverter o ceratocone? Conheças as opções disponíveis
Quais são os sinais e sintomas da degeneração marginal pelúcida?
Esse tipo de desgaste se desenvolve lentamente e, no início, pode ser confundido com outros problemas oculares. Nesse sentido, alguns dos sintomas mais comuns são:
- Visão embaçada e distorcida: a mudança na forma da membrana ocular dificulta o foco correto das imagens;
- Astigmatismo irregular: esse afinamento causa um tipo de “grau torto”, que piora com o tempo e não melhora com óculos comuns;
- Dificuldade para enxergar de longe e de perto: a visão pode variar ao longo do dia, dificultando encontrar uma correção adequada;
- Sensibilidade à luz (fotofobia): muitas pessoas sentem desconforto com luz forte;
- Mudanças frequentes no grau dos óculos: como a doença progride, a receita dos óculos precisa de ajustes frequentes.
Como é feito o diagnóstico da degeneração marginal pelúcida?
O diagnóstico é feito por um oftalmologista por meio de exames que avaliam o formato e a espessura da membrana ocular. Como os sintomas se assemelham aos do ceratocone, a precisão é essencial. Os principais exames incluem:
- Refração: mede o grau dos olhos e identifica astigmatismo irregular;
- Ceratoscopia ou topografia corneana: cria um “mapa” da curvatura da córnea, mostrando áreas de afinamento e deformação;
- Tomografia de córnea: avalia a espessura da parte transparente do olho em diferentes pontos e ajuda a diferenciar a DMP do ceratocone;
- Paquimetria ultrassônica ou tomográfica: mede a espessura da membrana ocular com alta precisão, confirmando o afinamento na parte inferior.
Quais são as opções de tratamento disponíveis?
O tratamento da degeneração marginal pelúcida depende da gravidade do caso. Nos estágios iniciais, óculos podem ser utilizados, mas sua eficácia é limitada a curto prazo.
Com a progressão da doença, lentes de contato rígidas ou gás permeáveis ajudam a melhorar a visão, enquanto lentes esclerais oferecem mais conforto e regularizam a superfície ocular.
Procedimentos médicos também podem ser recomendados, como o crosslinking corneano, que fortalece a estrutura da córnea para frear a progressão, e os anéis intracorneanos, pequenos implantes que ajustam sua curvatura.
Nos casos mais graves, quando outras abordagens não são suficientes, o transplante de córnea pode ser necessário.
O acompanhamento com um especialista é fundamental para monitorar a evolução da doença e definir o tratamento mais adequado.
A degeneração marginal pelúcida pode levar a complicações mais sérias?
Esse tipo de desgaste pode levar a complicações mais sérias, especialmente se não for diagnosticada e tratada. Algumas das principais complicações incluem:
- Aumento do astigmatismo irregular: a progressão causa um astigmatismo irregular severo, prejudicando a visão e tornando difícil a correção com óculos;
- Dificuldade na adaptação às lentes de contato: embora as lentes de contato rígidas ou esclerais ajudem a melhorar a visão, em estágios avançados é difícil encontrar uma adaptação confortável;
- Redução grave da acuidade visual: se a doença progredir, a visão se deteriora a ponto de dificultar atividades diárias, impactando a qualidade de vida;
- Risco de perfuração corneana (hidropsia): em casos raros e avançados, a estrutura se torna tão fina que a membrana de Descemet se rompe, causando hidropsia e podendo exigir um transplante.
Existem medidas preventivas para a degeneração marginal pelúcida?
Atualmente, não há formas conhecidas de prevenir a degeneração marginal pelúcida, pois sua causa ainda não é totalmente compreendida. No entanto, algumas medidas ajudam a retardar a progressão e reduzir seus impactos:
- Acompanhamento oftalmológico regular: consultas frequentes com permitem o diagnóstico precoce e o monitoramento da condição;
- Evitar coçar os olhos: o ato de esfregar os olhos aumenta a deformação da membrana ocular e piora o astigmatismo irregular;
- Uso adequado de lentes de contato: o ajuste correto de lentes rígidas ou esclerais preserva a qualidade da visão e evita complicações;
- Controle de doenças oculares associadas: manter a saúde ocular, tratando alergias e síndrome do olho seco, ajuda a evitar agravantes.
- Opções terapêuticas: em alguns casos, avalia-se o crosslinking do colágeno corneano para fortalecer a membrana ocular e estabilizar a progressão da doença, embora sua eficácia ainda esteja em estudo.
A degeneração marginal pelúcida da córnea é uma condição ocular que impacta a qualidade de vida, especialmente se não for diagnosticada e tratada de maneira adequada.
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