A diferença entre miopia e hipermetropia está na forma como o olho foca a luz. Na miopia, a visão de longe é prejudicada, já na hipermetropia, há dificuldade para enxergar de perto. Ambas são condições refrativas corrigidas com óculos, lentes ou cirurgia.
Compreender a diferença entre miopia e hipermetropia ajuda a identificar como cada uma interfere na visão e a identificar a abordagem mais adequada para o tratamento.
Embora ambos sejam erros de refração, cada um afeta a vista de forma específica: enquanto um compromete a nitidez de objetos distantes, o outro interfere na capacidade de enxergar com clareza de perto.
Reconhecer essas diferenças é fundamental para cuidar da saúde dos olhos e garantir qualidade de vida. Continue a leitura para saber mais!
O que é miopia?
A miopia é um erro de refração no qual a pessoa enxerga bem de perto, mas tem dificuldade para ver de longe. Ela acontece porque a imagem se forma antes da retina, devido a um globo ocular mais alongado ou à curvatura acentuada da córnea.
Como resultado, os raios de luz se concentram antes do ponto correto, gerando visão embaçada ao tentar focar elementos mais afastados.
O que é hipermetropia?
Já a hipermetropia é uma condição em que a pessoa vê melhor de longe, mas tem dificuldade para enxergar de perto, especialmente em tarefas como leitura ou uso do celular. Nesse caso, a imagem se forma atrás da retina porque o globo ocular é mais curto ou a córnea é mais plana.
Qual a diferença entre miopia e hipermetropia?
A principal diferença entre miopia e hipermetropia está na forma como o olho foca as imagens.
Na miopia, os raios de luz se concentram antes de atingir a retina, com isso, a visão de objetos distantes fica embaçada, enquanto os próximos permanecem nítidos.
Na hipermetropia, por outro lado, a focalização ocorre após a retina. Nesses casos, itens próximos tendem a parecer desfocados, e, em graus mais altos, até mesmo os distantes podem perder definição.
Saiba mais: Qual a diferença entre miopia e astigmatismo?
Qual é mais grave: hipermetropia ou miopia?
Não é possível determinar se a dificuldade para enxergar de longe ou para ver de perto representa um problema mais sério, pois isso varia conforme o grau da condição, a idade da pessoa e o impacto na rotina.
Quando a miopia atinge graus elevados (acima de seis graus), é classificada como alta e pode aumentar o risco de complicações a longo prazo, como descolamento de retina, glaucoma e degeneração da região central da visão.
Já a dificuldade para ver de perto tende a gerar mais preocupações na infância, especialmente se não for identificada e corrigida precocemente, podendo levar ao desenvolvimento de estrabismo e ambliopia, condição em que um dos olhos não se desenvolve adequadamente, conhecida como olho preguiçoso.
É possível ter miopia e hipermetropia no mesmo olho?
Não é possível ter miopia e hipermetropia simultaneamente, pois eles afetam a focalização de maneiras opostas.
No entanto, o astigmatismo pode estar presente junto a uma dessas condições. Ele ocorre quando a córnea apresenta uma curvatura irregular, o que faz com que a luz seja projetada de forma desigual na retina, provocando distorções na visão de perto e de longe, conforme o grau e o tipo.
Em casos menos comuns, uma pessoa pode enxergar mal de longe com um olho e ter dificuldade para ver de perto com o outro.
Quais os sintomas de cada condição?
É comum confundir os sinais dos dois tipos, especialmente nas fases iniciais. No entanto, cada um tem características próprias que merecem atenção. Veja a seguir como reconhecer os principais sintomas e quando buscar orientação médica.
Sintomas da miopia
- Enxergar imagens borradas ou embaçadas para longe;
- Dificuldade para enxergar placas, lousas ou rostos distantes;
- Necessidade de apertar os olhos para tentar focar objetos longe;
- Dor de cabeça (especialmente após esforço visual);
- Cansaço ocular ao final do dia.
Sintomas da hipermetropia
- Imagens embaçadas ou dificuldade para enxergar de perto;
- Desconforto ao ler, usar o celular ou trabalhar no computador;
- Sensação de vista cansada, principalmente ao final do dia;
- Dor de cabeça frequente após esforço visual;
- Ardência ou dor nos olhos durante tarefas próximas.
Como são diagnosticadas a miopia e a hipermetropia?
O diagnóstico que diferencia essas condições é feito por meio de exames simples, rápidos e indolores. Ambos os casos são identificados durante uma avaliação oftalmológica completa, realizada por um médico oftalmologista.
O exame mais utilizado é a refração ocular, que analisa a capacidade dos olhos de focar a luz.
Durante a consulta, são usados aparelhos como o auto-refrator, que estima o grau, e o teste de refração com lentes, no qual o paciente lê uma tabela enquanto experimenta diferentes opções de correção. Esse processo permite identificar com precisão o problema visual apresentado.
Em crianças, pode ser necessário o uso de colírios para dilatar a pupila e relaxar o músculo ciliar, técnica conhecida como refração sob cicloplegia, o que evita interferências causadas pelo esforço de foco e garante uma medição mais exata.
Quais são as opções de tratamento disponíveis para cada condição?
As opções de tratamento são semelhantes, já que ambas são refrativas. O objetivo principal é corrigir o foco visual, proporcionando clareza e conforto. Veja abaixo as opções disponíveis para cada uma:
Correção com óculos para miopia e hipermetropia
A correção com óculos é a forma mais comum e segura de melhorar a nitidez da visão, tanto para longe quanto para perto, indicada para pessoas de todas as idades e sem restrições.
Para miopia, utilizam-se lentes divergentes (negativas), enquanto para a dificuldade de enxergar objetos próximos, são indicadas lentes convergentes (positivas).
Lentes de contato
As lentes de contato, aplicadas diretamente sobre a córnea, oferecem uma alternativa aos óculos para quem deseja mais liberdade visual. Seu uso requer acompanhamento médico para prevenir infecções e possíveis danos aos olhos.
Cirurgia refrativa a laser
A cirurgia refrativa a laser pode corrigir o campo visual de curta distância, remodelando a córnea para que a luz se foque corretamente na retina. Ela é indicada a partir dos 21 anos, quando o grau está estabilizado, e mediante avaliação médica.
Nem todos os pacientes são candidatos, por isso, é necessário fazer exames específicos da córnea.
Terapia visual e controle da progressão
No caso da miopia infantil, há estratégias para tentar controlar a progressão do grau, como:
- Lentes de contato especiais (como as ortoceratológicas ou multifocais);
- Colírios de atropina em baixa dose;
- Aumento do tempo ao ar livre e redução do uso de telas.
Quando procurar um oftalmologista?
Você deve procurar um oftalmologista sempre que notar alterações na percepção visual ou apresentar sintomas visuais persistentes, como:
- Vistas borradas de longe ou de perto;
- Esforço para enxergar à noite;
- Dores de cabeça frequentes;
- Ardência, vermelhidão ou cansaço nos olhos;
- Sensação de vista cansada ao ler ou usar o celular;
- Lacrimejamento ou sensibilidade à luz.
Além disso, mesmo sem sintomas, é recomendado fazer consultas regulares:
- As crianças devem passar pela primeira avaliação oftalmológica entre 6 meses e 1 ano, e depois aos 3 anos, antes da alfabetização, e a cada ano durante a fase escolar.
- Adultos jovens devem consultar pelo menos a cada 2 anos, ou anualmente, se usarem óculos ou lentes;
- A partir dos 40 anos, é importante fazer exames anuais para avaliar riscos de doenças como glaucoma, catarata e presbiopia;
- Pessoas com diabete, hipertensão ou histórico familiar de doenças oculares devem ser acompanhadas mais frequentemente.
Buscar um oftalmologista no tempo certo pode prevenir complicações sérias e garantir um diagnóstico correto. Por isso, não espere os sintomas aparecerem para cuidar da sua vista.
Na COI, nossos especialistas estão prontos para realizar um exame completo e acompanhar sua saúde ocular com atenção e tecnologia de ponta. Agende uma consulta e garanta olhos saudáveis para toda a vida.
